Um estudo recente revelou que gestantes que vivem em regiões com menor desenvolvimento social e econômico têm até 68% mais risco de perder o bebê em comparação às que moram em áreas mais estruturadas.
A pesquisa analisou dados de quase duas décadas e mostrou que, embora o número de mortes fetais tenha diminuído no país, a redução não ocorreu de forma equilibrada entre os municípios. Nas regiões mais vulneráveis, os índices permanecem praticamente estáveis, o que reforça a necessidade de políticas públicas mais específicas.
Segundo os pesquisadores, fatores como baixa renda, moradia precária, menor acesso à educação e dificuldade em conseguir atendimento médico adequado estão entre as principais causas dessa diferença. Em muitos casos, o acesso ao pré-natal ainda é limitado, o que aumenta as chances de complicações durante a gestação e o parto.
As áreas rurais e cidades com infraestrutura de saúde reduzida também concentram as maiores taxas de natimortalidade. Os especialistas defendem que é urgente investir em serviços de atenção básica, transporte de pacientes e melhoria das condições de vida para garantir um acompanhamento adequado às gestantes.
O estudo reforça que reduzir as desigualdades no acesso à saúde é essencial para garantir que todas as mulheres tenham uma gestação segura e a mesma oportunidade de um parto saudável.







