15 de janeiro de 2025
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Governo brasileiro leva questões sobre ondas de calor ao G20

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A ministra da Saúde, Nísia Trindade, anunciou que o governo brasileiro abordará os impactos das ondas de calor na saúde humana durante as discussões no G20. A informação foi divulgada na conferência de institutos nacionais de saúde pública, realizada no Rio de Janeiro nesta segunda-feira (9).

“Ondas de calor têm efeitos significativos sobre a saúde, especialmente em pessoas idosas e vulneráveis. Elas podem causar problemas cardiovasculares e desidratação, além de outros impactos preocupantes”, afirmou a ministra após a abertura do encontro.

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Esta conferência marca a primeira reunião dos institutos de saúde pública no contexto do G20, sob a presidência temporária do Brasil. A reunião conta com a participação de mais de 120 instituições de cerca de 100 países, incluindo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) como representante nacional do Brasil.

Nísia Trindade destacou que as ondas de calor afetam não apenas a saúde humana, mas também as condições de pesca, a qualidade do ar e o uso sustentável da biodiversidade. “É crucial que o Brasil esteja preparado para discutir essas questões tanto no G20 quanto na COP 30, que ocorrerá em novembro de 2025 em Belém”, disse.

O Brasil tem enfrentado ondas de calor intensas e a pior seca em mais de 70 anos, além de focos de incêndio em quase todos os estados.

Prioridades da conferência

A ministra explicou que a discussão sobre ondas de calor é uma das quatro prioridades da conferência de institutos de saúde pública, que também inclui mudanças climáticas e saúde, preparação para emergências de saúde, saúde digital e equidade no acesso à saúde. Este último tema é considerado transversal e está presente em todas as áreas prioritárias.

Nísia também mencionou a proposta de formar uma “aliança para a produção local e regional de vacinas e medicamentos” como parte da preparação para emergências.

A conferência, que se estende até quarta-feira (11) no hotel Rio Othon Palace, culminará em uma declaração a ser enviada aos ministros da Saúde do G20. O objetivo é assegurar que as prioridades sejam discutidas pelos chefes de Estado.

Conhecimento estratégico e cooperação internacional

A ministra destacou a importância dos participantes do evento, que incluem instituições como a Fiocruz e os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDCs) dos EUA, China, África e Europa. Estes órgãos desempenham papéis cruciais na detecção de epidemias e na promoção da saúde pública global.

O presidente da Fiocruz, Mario Moreira, ressaltou que a realização da conferência reforça a reinserção do Brasil no cenário internacional, defendendo o multilateralismo. A Fiocruz está expandindo sua presença internacional com novos escritórios em Adis Abeba, Lisboa e Washington.

Situação da Mpox

Nísia Trindade também abordou a presença do CDC – África no evento, destacando que foi o primeiro a declarar estado de emergência para mpox na África. A OMS seguiu com a declaração de emergência global.

No Brasil, foram registrados 945 casos de mpox de janeiro a agosto, superando o total do ano passado. A ministra afirmou que, até o momento, a nova variante do vírus não foi identificada no país, embora o monitoramento continue.

Nísia recomendou que qualquer pessoa com sintomas, especialmente lesões de pele, procure imediatamente uma unidade de saúde.

Sobre o G20

A presidência brasileira do G20 se estenderá até a reunião de cúpula de 18 e 19 de novembro. O G20, composto por 19 países e duas alianças regionais, representa cerca de 85% da economia mundial e mais de 75% do comércio global. A próxima presidência será assumida pela África do Sul.

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