Na segunda-feira (28 de outubro de 2024), o Brasil reportou 791 focos de incêndio, segundo dados do sistema BDQueimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), divulgados nesta terça-feira (29). A Amazônia é a região mais afetada, com 688 focos, representando 87% do total. O Pará lidera os estados em queimadas, com 503 ocorrências em 24 horas, seguido por Amazonas (115) e Mato Grosso (63).
Todos os seis biomas do Brasil registraram incêndios, sendo a Mata Atlântica a segunda mais impactada, com 41 focos, ou 5,2% do total. O mês de agosto de 2024 marcou o pior índice de queimadas em 14 anos, com 68.635 ocorrências, um aumento alarmante de 144% em comparação ao mesmo mês do ano anterior. Setembro, por sua vez, registrou 83.157 focos, tornando-se o mês mais crítico do ano até agora e o setembro com mais queimadas desde 2010. Até o momento, outubro já contabiliza 31.161 focos, elevando o total de queimadas em 2024 para 241.369.
Além do aumento das queimadas, o Brasil enfrenta uma seca histórica, a pior em 75 anos, conforme informações do Instituto Chico Mendes da Conservação e Biodiversidade (ICMBio). Os principais fatores que contribuem para essa crise incluem ondas de calor intensas, a antecipação da seca em diversas regiões e os efeitos do fenômeno El Niño, que afetou o padrão de chuvas. Na Amazônia, a estiagem já persiste há quase um ano, tornando-se a mais longa registrada na região.