“Meta a Colher”: ação contra violência de gênero começa hoje (24) em Vitória

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Quem acredita que “em briga de marido e mulher não se mete a colher” está fechando os olhos para uma realidade de violência que afeta mulheres, crianças e familiares. Com o objetivo de provocar reflexão sobre esse padrão de comportamento e incentivar a interrupção do ciclo de violações, será realizada a intervenção “Meta a Colher” nesta sexta-feira (24), a partir das 12h, em frente à Assembleia Legislativa e ao Shopping Vitória.

Durante duas horas de atividades, haverá música e a distribuição de uma sobremesa que será degustada com colher, em alusão ao antigo ditado popular. A proposta da intervenção é orientar as pessoas sobre como intervir de forma segura, informar sobre os serviços especializados e gratuitos que acolhem as vítimas e enfatizar que a violência contra a mulher é crime.

Equipes da Secretaria de Cidadania, Direitos Humanos e Trabalho (Semcid) realizarão abordagens educativas nos locais, distribuindo materiais informativos sobre as diferentes formas de violência doméstica e de gênero, a Lei Maria da Penha, o feminicídio e a rede de serviços de proteção à mulher em Vitória.

Como ajudar?

“Ninguém deve se colocar no meio de uma briga, para ‘meter a colher'”, explica a gerente de Direitos Humanos da Semcid, Renata Segóvia. “Comportamentos simples, como acolher a pessoa em situação de violência e orientá-la sobre os serviços especializados, já contribuem para que ela interrompa o ciclo abusivo. Desta forma, todos podem ‘meter a colher’: vizinhos, amigos, familiares. ‘Metendo a colher’, podemos salvar vidas”, destaca Renata.

Pequenas atitudes que podem fazer a diferença:

  1. Acolher: escutar sem julgar nem colocar a culpa em quem sofreu a violência.
  2. Reconhecer a relação abusiva: saber os tipos de violência e o que diz a Lei Maria da Penha.
  3. Orientar: indicar os serviços públicos gratuitos e especializados, como o Cramsv e a Casa Rosa, que acompanham e encaminham casos mais graves. Em Vitória, as mulheres contam com o Botão do Pânico e com uma casa secreta, para proteção emergencial, por exemplo.
  4. Denunciar: em casos emergenciais, ligar para o 190. Caso contrário, denunciar pelo número 180.

A ação faz referência ao Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres (25 de novembro) e integra a campanha internacional dos 16 Dias de Ativismo: Vitória pelo Fim da Violência contra as Mulheres, realizada simultaneamente em mais de 100 países.

 

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