7 de novembro de 2024
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Caminhada pela epilepsia acontece neste domingo (24) em Vitória

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Como forma de conscientizar sobre a epilepsia, doença neurológica caracterizada por convulsões recorrentes e outros sintomas, Março é considerado o mês roxo. Durante esse período, pessoas do mundo inteiro acompanham informações e movimentações a fim de promover e estimular a luta pelos direitos à inclusão social, profissional e econômica das pessoas com epilepsia.

Em Vitória, neste domingo, dia 24 de março, às 9 horas, acontece uma caminhada pela Epilepsia, que seguirá da Prefeitura de Vitória à Assembleia Legislativa. Sob o comando Jacqueline Barros, embaixadora da Associação Brasileira de Epilepsia (ABE) no Espírito Santo, a sugestão é que os participantes utilizem peças de roupa em tons de roxo, em referência à cor da campanha.

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Segundo a embaixadora da causa no Estado, o trajeto da caminhada deste ano vem com duplo propósito. “O primeiro é lançar luz sob a causa da Epilepsia, cuja data mundial é celebrada no dia 26 de março. Além do ES, outros Estados também receberão a caminhada. Em São Paulo, por exemplo, a Avenida Paulista promete ficar tomada pela cor roxa. E o segundo motivo da escolha desse itinerário é agradecer aos vereadores da capital pela aprovação do Projeto de Lei e ratificar ao Prefeito a importância de sua sanção, chegando à Assembleia para reverberar a informação entre o time de deputados estaduais”, explica.

Câmara aprova Projeto de Lei

No dia 28 de fevereiro, a Câmara Municipal de Vitória aprovou por unanimidade o Projeto de lei 102/2023, cujo autor é o Vereador Leandro Piquet. A Lei, que aguarda sanção do prefeito Pazolini, lançará o olhar das políticas públicas do município pela causa da epilepsia. Além disso, também instituiu o dia 26 de março como o Dia da Conscientização da Epilepsia no ES.

“Isso é apenas o início de um trabalho enorme a ser feito ainda, e com esse suporte que acabamos de ter, eu não tenho dúvidas de que vamos conseguir subir degrau a degrau e conquistar todos os direitos que a pessoa com epilepsia tem e merece para ter uma vida com autonomia e de qualidade. Educação, tratamento adequado, acessos e principalmente minimizar o preconceito e o estigma que essa doença carrega com si há tantos anos”, afirma emocionada Jacque Barros.

Estatísticas

Em todo o mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que 5 milhões de pessoas sejam diagnosticadas com epilepsia a cada ano. No Brasil, o Ministério da Saúde identifica cerca de 2% da população acometida pelo problema, representando aproximadamente 2 milhões de brasileiros.

Dados da Organização Mundial da Saúde revelam ainda que em países de alta renda, calcula-se que 49 a cada 100 mil pessoas sejam diagnosticadas com epilepsia a cada ano. Em economias de baixa e média rendas, esse número pode chegar a 139 por 100 mil.

A OMS avalia que a maior incidência se deve ao risco de doenças endêmicas, como malária ou neurocisticercose, maior número de lesões causadas pelo trânsito e ao nascimento, além de variações na infraestrutura médica. Cerca de 80% das pessoas com epilepsia vivem em países de baixa e média renda.

Entenda mais sobre a Epilepsia:

Como surge a epilepsia?

Não existe pré-condição ou uma origem determinada para desenvolver epilepsia. No entanto, pessoas que sofreram alguma lesão cerebral, como vítimas de Acidente Vascular Cerebral (AVC), ou algum trauma durante o parto estão mais suscetíveis a desenvolverem o distúrbio.

Como identificar?

Especialistas ressaltam que apesar da convulsão ser a manifestação mais conhecida e retratada de crises epiléticas, não é o único fator de alerta da doença. Há crises que apenas alteram a consciência e percepção, podendo ter alterações motoras e sensitivas também, a pessoa fica “fora do ar”. Pode vir a mexer a boca, movimentar involuntariamente os braços e na volta não se lembrar de nada.

O diagnóstico ocorre quando há repetição da crise. Nos casos em que a convulsão dura cinco minutos ou mais, há forte indício de que a doença já esteja em um estágio avançado. É fundamental procurar o neurologista em quaisquer que sejam os casos.

Tem tratamento?

O tratamento tem como base remédios que inibem descargas elétricas involuntárias no cérebro. O Sistema Único de Saúde (SUS), inclusive, disponibiliza todo o tratamento e acompanhamento médico necessário desde o diagnóstico da doença.

Uma das substâncias que está em constante estudo e já revelou eficientes resultados no controle das crises epiléticas é o Canabidiol (CBD), também chamada de Cannabis Medicinal.

 

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