Com a chegada do inverno e das temperaturas mais baixas, os tutores devem redobrar os cuidados com a saúde de seus animais, especialmente aqueles que sofrem de doenças articulares. O frio não apenas aumenta a sensação de rigidez muscular nos pets, mas também pode intensificar condições como osteoartrite, artroses, displasias e outras doenças osteoarticulares crônicas.
Segundo a médica-veterinária e consultora da rede de farmácias de manipulação veterinária DrogaVET, Farah de Andrade, é essencial diferenciar os sinais de dor das manifestações naturais de letargia causadas pelo frio. “É comum que cães e gatos pareçam mais preguiçosos no inverno, buscando ficar mais tempo nas caminhas e cobertores. No entanto, esses comportamentos também podem indicar desconforto ou dor nas articulações”, explica Farah.
Para os tutores, observar se o animal se anima nos horários mais quentes do dia ou em ambientes aquecidos é fundamental. Sinais como dificuldade para se levantar ou deitar, claudicação, andar rígido, relutância em subir escadas, irritabilidade, redução do apetite e lambedura nas articulações são indicativos de que o pet pode estar enfrentando problemas articulares.
Detectar dor em gatos pode ser ainda mais desafiador devido à tendência desses animais em mascarar sintomas de doenças e mal-estar. Farah destaca que sinais como dificuldade para saltar, subir e descer móveis, andar curvado, mudanças no apetite e nos hábitos de higiene, além de pelos mais sujos ou emaranhados, são alertas importantes que não devem ser ignorados.
Causas e Efeitos do Frio nas Articulações
O frio provoca rigidez muscular e vasoconstrição nos animais, o que aumenta a densidade e o acúmulo de líquido nas articulações, além de reduzir a circulação de oxigênio pelos tecidos. Esses efeitos são especialmente prejudiciais para pets que sofrem de doenças como osteoartrite, artroses e artrite reumatoide, agravando os quadros de dor e inflamação.
Práticas Recomendadas para o Inverno
Para mitigar os impactos do frio nas articulações dos animais, Farah sugere algumas práticas essenciais:
- Manter os pets em ambientes aquecidos, oferecendo roupas e cobertas apropriadas para o conforto térmico.
- Estimular uma rotina de exercícios moderados para evitar a rigidez das articulações, sempre considerando as limitações individuais de cada animal.
- Evitar caminhadas e corridas em pisos escorregadios ou instáveis para prevenir quedas e lesões.
- Manter o peso corporal do pet dentro dos parâmetros ideais, pois o excesso de peso pode agravar problemas articulares.
Tratamento e Manejo
Além do manejo ambiental, consultas regulares com médicos-veterinários são cruciais para detectar precocemente doenças articulares e iniciar o tratamento adequado. Em casos mais graves, como osteoartrite avançada, podem ser recomendadas cirurgias, fisioterapia e o uso contínuo de medicamentos anti-inflamatórios e analgésicos. Farah destaca a importância da manipulação de medicamentos com sabores e formas farmacêuticas diferenciadas, tornando o tratamento mais agradável e eficaz para os animais.
Nutracêuticos na Prevenção e Tratamento
Complementar o tratamento com nutracêuticos pode fazer uma grande diferença na qualidade de vida dos pets com doenças articulares. Farah menciona algumas opções benéficas, como o UC-II (colágeno tipo dois), conhecido por desacelerar a degeneração articular, e substâncias como cúrcuma, condroitina e glucosamina, que possuem propriedades anti-inflamatórias e protetoras da cartilagem.