21 de janeiro de 2025
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Governo Federal anuncia descarte do horário de verão em 2024

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O governo federal decidiu não implementar o horário de verão neste ano. A confirmação foi feita nesta quarta-feira (16) pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, durante uma coletiva de imprensa em Brasília, logo após uma reunião com representantes do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

“Chegamos à conclusão de que não há necessidade de decretação do horário de verão para este período”, afirmou Silveira. Ele ressaltou que a segurança energética do país está garantida e que, embora o restabelecimento das condições hídricas ainda seja modesto, existe a possibilidade de reavaliar a política para o verão de 2025/2026.

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O ministro enfatizou a importância de considerar o horário de verão como uma política estratégica, não apenas como uma decisão política ou dogmática. “É fundamental que essa política esteja sempre em discussão, pois tem impactos tanto positivos quanto negativos no setor elétrico e na economia”, explicou Silveira, lembrando que diversos países adotam a medida com diferentes objetivos, como os econômicos em nações com matrizes energéticas variadas, como a França, onde a adoção é motivada mais por razões econômicas do que por segurança energética.

No Brasil, o horário de verão foi implementado pela primeira vez em 1931 e passou a ser adotado de forma sistemática em 1985, visando reduzir o consumo de energia elétrica e impulsionar setores como turismo e comércio. Contudo, em 2019, durante o governo Bolsonaro, a prática foi abolida, com o Ministério de Minas e Energia alegando que as mudanças nos hábitos de consumo tornaram a medida ineficaz.

Este ano, o governo considerou reintroduzir o horário de verão em resposta à severa seca enfrentada pelo país, que o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemanden) classificou como a pior já registrada. Silveira observou que, embora o Brasil esteja experimentando a maior seca da sua história, já há sinais de recuperação, com chuvas no Sudeste e em importantes bacias hidrográficas.

“Graças a algumas medidas de planejamento, conseguimos que nossos reservatórios apresentassem índices de resiliência, proporcionando uma certa tranquilidade”, concluiu o ministro.

A questão do horário de verão gera divisão na opinião pública. Uma pesquisa recente do Datafolha revelou que 47% dos entrevistados apoiam a volta da medida, enquanto outros 47% são contra, e 6% se mostraram indiferentes. Realizada nos dias 7 e 8 de outubro, a pesquisa ouviu 2.029 pessoas em 113 cidades de todas as regiões do Brasil.

Além disso, um levantamento feito pelo portal Reclame Aqui e pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) mostrou que 54,9% da população é favorável à reimplementação do horário de verão, com 41,8% totalmente a favor e 13,1% parcialmente favoráveis. Em contrapartida, 25,8% se mostraram totalmente contrários e 2,2% parcialmente contrários, enquanto 17% se disseram indiferentes.

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