11 de fevereiro de 2025
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Nova espécie de árvore da família Lauraceae foi descoberta no Monumento Natural Estadual Serra das Torres

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Uma nova espécie de árvore da família Lauraceae, grupo botânico que inclui caneleiras, abacateiros e louros, foi descoberta no Monumento Natural Estadual Serra das Torres (Monast), unidade de conservação sob gestão do Instituto Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema), no Espírito Santo. Nomeada Aiouea myrmecophila, a espécie recém-descoberta reforça a diversidade da Floresta Atlântica capixaba e revela um curioso comportamento de interação com formigas.

O estudo, publicado na revista científica Feddes Repertorium, é resultado do trabalho dos pesquisadores Marcelo Leandro Brotto, do Museu Botânico Municipal de Curitiba, e Pedro Luís Rodrigues de Morais, da Universidade Estadual Paulista (Unesp). Durante as coletas, os cientistas observaram que formigas habitam apenas os ramos da Aiouea myrmecophila, onde escavam túneis e criam pequenas “janelas” por onde entram e saem. O nome da espécie, derivado do grego, significa “amiga das formigas”, destacando essa relação simbiótica que não apresenta comportamento agressivo.

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Com folhas grandes que variam de 16 a 35 centímetros, flores verdes de 3 milímetros e frutos elípticos de até 1,5 centímetro, a Aiouea myrmecophila pode alcançar 12 metros de altura e se adapta ao ambiente sombreado da floresta.

De acordo com Guilherme Carneiro, gestor do Monumento Natural Serra das Torres, a descoberta dessa espécie endêmica, atualmente restrita a cinco locais conhecidos, foi possível graças ao apoio do Iema. “A área é vital para a conservação da espécie, já que uma das cinco populações identificadas está no Monast”, explica Carneiro.

Diante da restrita população de cinco exemplares, os pesquisadores alertam que a Aiouea myrmecophila está em risco de extinção, destacando a importância de preservar o bioma da Floresta Atlântica, que abriga várias espécies exclusivas e raras. A descoberta ressalta a relevância das áreas protegidas para a conservação da biodiversidade local e para a continuidade de espécies singulares, como essa nova árvore, agora conhecida como “amiga das formigas”.

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