Rose e Lelo disputam presidência do MDB para as eleições 2024

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Rose de Freitas lelo Coimbra MDB

A chapa “Reconstrução”, liderada pela ex-senadora e comandante da Comissão Provisória Estadual do partido desde março de 2021, Rose de Freitas e a chapa “União e Ação” do ex-deputado federal Lelo Coimbra, que já foi presidente da legenda, disputam nesta quinta-feira (21) a diretoria do MDB no Espírito Santo.

A reunião a partir das 10h, em Vitória. O voto é secreto e a expectativa é que até as 14h já se saiba quem será o novo presidente estadual da legenda.

Ao contrário das eleições gerais, a boca de urna é permitida e as articulações devem fervilhar até o último segundo. A disputa será acirrada. Quem será que leva!?

Retrospecto

Em 2018, Rose trocou o MDB pelo Podemos, para disputar o governo do Estado. Na época a legenda sinalizou apoio ao então governador Paulo Hartung. No entanto, além de não tentar reeleição, Hartung ainda deixou a legenda, causando um enfraquecimento do partido.

Vale lembrar que o MDB era presidido por Lelo Coimbra que tinha  a maior bancada estadual, com sete parlamentares na Assembleia Legislativa. No entanto, com a janela partidária, que permitiu a troca de legendas, o partido encolheu e conquistou apenas duas cadeiras na eleições.

Guerra Interna

Em 2018 eclode a guerra pelo comando estadual. Lelo e o ex-deputado federal Marcelino Fraga fragmentam o partido. A disputa interna virou caso de Justiça e os dois se alternaram a frente do partido, por meio de liminares.

Em 2020, no auge da crise, a Executiva Nacional determinou uma intervenção federal no diretório capixaba durante um ano.  Fontes garantem que as rivalidades não ficaram restritas à esfera estadual.

O MDB de Vitória, com o deputado Zé Esmeraldo, ligado a Marcelino Fragha e a ex-deputada Luzia Toledo, ligada a Lelo Coimbra, também brigaram pelo comando na capital.

O duelo virou caso de delegacia, com denúncia de fraudes numa das chapas. Como resultado, o partido não conseguiu eleger nenhum vereador na capital em 2020.

O retorno de Rose

No início de 2021, Rose de Freitas começou a articular seu retorno ao MDB. A exigência dela era voltar para liderar o MDB no ES. Em março, a ex-senadora foi nomeada pela Executiva nacional para presidir a Comissão Provisória, onde ela está até hoje.

Nomes de peso deixam o partido em 2022

Em 2022 o partido membros de peso. O ex-prefeito de Linhares Guerino Zanon deixou o MDB após 26 anos, para disputar o governo do Estado, por não encontrar apoio, já que Rose, então candidata à reeleição no Senado, já tinha alinhado o apoio à reeleição do governador Renato Casagrande (PSB).

Guerino contou com o apoio de Lelo Coimbra. Os deputados Hércules Silveira e Zé Esmeraldo também deixaram o partido, inclusive Marcelino Fraga, que era ligado a Rose.

O partido não conseguiu montar chapa para a disputa à Câmara Federal e não conseguiu eleger ninguém para o parlamento estadual.

Rose é responsabilizada por alguns, nos bastidores do partido, pelo fracasso do MDB em 2022, por supostamente ter priorizado sua própria candidatura em detrimento dos interesses do partido.

Retomada do peso político

As duas chapas que disputam o MDB estadual querem recuperar a envergadura e o prestígio político do MDB, para torna-lo competitivo e forte.

O resultado desta quinta-feira (21) vai determinar se o partido tentar se levantar com Rose, na direção de apoio ao governo Casagrande ou se vai apostar em Lelo, que é opositor declarado do governo atual.

Seja qual for a decisão do delegados capixabas do MDB, a missão de recuperar o MDB será uma tarefa árdua e incerta.

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