De janeiro a junho deste ano, os visitantes internacionais contribuíram com US$ 3,7 bilhões, o equivalente a R$ 20,9 bilhões, para a economia brasileira, estabelecendo um recorde para o período. Esse montante superou o registrado nos primeiros seis meses de 2014, ano da Copa do Mundo no Brasil, quando foram injetados cerca de US$ 3,5 bilhões (R$ 20,2 bilhões).
Os dados, divulgados pelo Banco Central nesta segunda-feira (29), destacam um aumento significativo em comparação com o mesmo período de 2023, quando os estrangeiros gastaram US$ 3,2 bilhões (R$ 18,2 bilhões), representando uma alta de 15,6%.
O ministro do Turismo, Celso Sabino, celebrou o crescimento, afirmando que o Brasil está consolidando sua posição como um destino turístico atraente e competitivo globalmente. Ele enfatizou que o país continua a receber visitantes internacionais com uma ampla gama de experiências turísticas.
No primeiro semestre deste ano, mais de 3,59 milhões de turistas estrangeiros visitaram o Brasil, marcando um aumento de 9,7% em relação ao mesmo período de 2023 e um crescimento de 1,9% em relação a 2019, antes da pandemia.
O Rio de Janeiro liderou o fluxo de turistas internacionais, com um crescimento expressivo motivado pelo Carnaval, recebendo 760,2 mil visitantes estrangeiros, um aumento de 19,89% em relação a 2023 e o segundo maior registro da história, atrás apenas do ano da Copa do Mundo.
Marcelo Freixo, presidente da Embratur, destacou a importância econômica do turismo internacional para o Brasil, apontando que o setor contribui significativamente para a geração de empregos e renda, além de promover a valorização cultural e a sustentabilidade ambiental.
Os voos internacionais continuam sendo a principal porta de entrada para os turistas estrangeiros, com 2.234.033 desembarques registrados nos seis primeiros meses do ano. A Embratur planeja expandir a malha aérea internacional, aumentando o número de voos para destinos inéditos e ampliando a frequência nas rotas existentes através do Programa de Aceleração do Turismo Internacional (Pati).
O governo federal estima que o Pati resultará em um aumento de 70 mil assentos em voos internacionais com destino ao Brasil até março de 2025, em uma iniciativa de parceria público-privada com companhias aéreas e aeroportos.
Em 2023, a Argentina foi o principal país emissor de turistas para o Brasil, seguido pelos Estados Unidos, Chile, Paraguai e Uruguai. Na Europa, a França liderou como o maior emissor de turistas para o Brasil, seguida por Portugal, Alemanha, Reino Unido e Itália.
Esses números refletem a crescente atratividade do Brasil como destino turístico global, oferecendo desde sol e praia até ecoturismo, afroturismo, gastronomia e uma rica diversidade cultural, o que tem sido cada vez mais valorizado pelos visitantes internacionais.