17 de janeiro de 2025
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Inadimplência alcança o maior índice desde outubro de 2023 em novembro

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A inadimplência entre os consumidores brasileiros manteve-se em níveis elevados durante o mês de novembro, alcançando um percentual de 29,4% de famílias com dívidas em atraso. Este índice representa o maior patamar desde outubro de 2023. O número de consumidores que afirmaram não ter condições de quitar suas dívidas subiu para 12,9%, em comparação a 12,6% em outubro e 12,5% em novembro de 2023.

Os dados foram coletados na Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), realizada mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e divulgada em 5 de novembro de 2023. Os resultados indicam não apenas um aumento na inadimplência, mas também mudanças no comportamento financeiro das famílias brasileiras.

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Aumento do Endividamento

Segundo a pesquisa, o endividamento total dos consumidores subiu para 77% em novembro, em comparação aos 76,6% registrados no mesmo mês do ano anterior. Este aumento é atribuído ao maior uso do crédito durante as compras de fim de ano e à busca por uma gestão financeira mais cautelosa. O percentual de consumidores que se consideram muito endividados caiu para 15,2%, alcançando o menor nível desde novembro de 2021.

Prazos de Pagamento e Planejamento Financeiro

José Roberto Tadros, presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, enfatizou a importância de prazos mais longos no planejamento financeiro das famílias. Ele observou que, embora um aumento sazonal do crédito seja esperado nesta época do ano, o perfil mais equilibrado das dívidas sugere um uso consciente do crédito, resultando em menor impacto na renda mensal das famílias.

Projeções para Dezembro

As expectativas da CNC indicam que o endividamento deve continuar a crescer em dezembro devido ao aumento das compras natalinas. No entanto, a inadimplência deve permanecer estável, uma vez que as famílias estão adaptando seus comportamentos diante de um cenário econômico marcado por juros elevados.

Impacto nas Famílias de Baixa Renda

A pesquisa também revelou que o endividamento das famílias com renda de até 3 salários mínimos aumentou para 81,1%, o maior entre todas as faixas de renda. Nesta mesma categoria, 37,5% reportaram estar inadimplentes e 18,5% afirmaram não ter condições de quitar suas dívidas. Em contraste, famílias com renda superior a 10 salários mínimos viram seu índice de endividamento cair para 66,7%. Apenas 14,6% reportaram dívidas em atraso e 5% disseram estar impossibilitadas de fazer os pagamentos.

Comprometimento da Renda e Prazos de Quitação

A pesquisa indica que o comprometimento médio da renda das famílias com dívidas foi de 29,8%, apresentando uma leve queda em relação a outubro. O percentual de consumidores com mais da metade da renda comprometida também diminuiu, registrando 20,3%, o menor nível desde agosto de 2024. Além disso, 35,9% das famílias endividadas conseguiram estender seus prazos de pagamento, registrando o maior nível desde dezembro de 2021.

Modalidades de Dívida

Embora o uso de cartões de crédito permaneça como a principal fonte de endividamento para 83,8% das famílias, essa modalidade apresentou uma queda de 3,9 pontos percentuais em relação ao mesmo mês do ano anterior. Em contrapartida, o crédito pessoal ganhou destaque, aumentando em 2,5 pontos percentuais na comparação anual. Apesar de uma leve redução em novembro, o crédito pessoal continua a ser favorecido devido às menores taxas de juros disponíveis. As dívidas de carnês, embora ainda significativas, perderam participação em relação ao ano anterior.

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