6 de fevereiro de 2025
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Déficit comercial com EUA impede sanções de Trump

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“O déficit comercial do Brasil com os Estados Unidos poderá ser um fator importante para que o país evite as sanções tarifárias prometidas pelo presidente eleito, Donald Trump. A afirmação foi feita pela secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), Tatiana Prazeres. Ela destacou que o governo brasileiro busca manter e aprofundar as relações econômicas com uma das maiores economias do mundo.

Déficit comercial com os EUA em 2024

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Em 2024, o Brasil registrou um pequeno déficit comercial de US$ 253 milhões em relação aos EUA. As exportações totalizaram US$ 40,33 bilhões, enquanto as importações foram de US$ 40,58 bilhões. Isso coloca os Estados Unidos como o segundo maior parceiro comercial do Brasil e o terceiro maior fornecedor de importações.

Superávit comercial e suas implicações

Tatiana ressaltou que, na contabilidade americana, a balança com o Brasil apresenta o sexto superávit dos EUA. Essa situação é relevante, especialmente considerando a atenção que a nova administração americana dedicará ao superávit e déficit comercial. O superávit americano em relação ao Brasil deve ser um ponto a ser considerado nas futuras negociações.

Fortalecimento das relações comerciais

O Diálogo Comercial Brasil–Estados Unidos, que inclui representantes do Mdic, do Departamento de Comércio dos EUA e da Administração de Comércio Internacional, será crucial para fortalecer os vínculos econômicos. A última reunião ocorreu em setembro do ano anterior, e as discussões fornecem um canal direto para tratar de questões comerciais entre os dois países.

Vínculos entre empresas

Outro aspecto que deve impulsionar as relações comerciais é a forte parceria entre empresas brasileiras e norte-americanas. Tatiana destacou que o significativo fluxo intercompanhia entre os dois países é um indicativo de que a relação comercial será favorecida, em vez de prejudicada.

Recordes nas exportações

Em 2024, o Brasil atingiu recordes de exportações para aproximadamente 50 países, incluindo os Estados Unidos, Espanha e Canadá. As vendas de produtos como automóveis, aeronaves, carnes e minério de ferro aumentaram consideravelmente. No entanto, as exportações para a China enfrentaram uma queda de 9,3%.

Aumento nas importações

As importações brasileiras tiveram um aumento de 9% em 2024, o que impactou o superávit da balança comercial, que caiu para US$ 74,55 bilhões. A secretária observou que esse crescimento nas importações foi puxado principalmente por bens de capital, refletindo um aumento no investimento produtivo no Brasil. As importações de bens de capital subiram 20,6% em valor, enquanto as de bens de consumo e intermediários também mostraram crescimento.

Esse cenário indica uma dinâmica comercial robusta entre o Brasil e os Estados Unidos, com perspectivas de fortalecimento contínuo, mesmo em meio a mudanças nas políticas comerciais internacionais.

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