Pelo menos 207 pessoas foram vítimas de um massacre brutal perpetrado pela gangue Wharf Jeremie em Cite Soleil, no Haiti, segundo um relatório da ONU divulgado recentemente. Este número revisado representa um aumento em relação à estimativa anterior de 187 mortes, destacando a gravidade da situação.
Assassinatos em Massa e Sequestros
O Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos informou que entre as vítimas, ao menos 134 homens e 73 mulheres foram assassinados em uma série de execuções em massa em um período inferior a sete dias. Muitas das vítimas eram idosos, acusados injustamente de bruxaria, sendo alvo de sequestros e ataques por aproximadamente 300 membros da gangue Wharf Jeremie.
Motivação dos Ataques
O líder da gangue, Monel “Mikano” Felix, aparentemente orquestrou esses ataques após seu filho adoecer, responsabilizando os moradores locais pela doença e alegando que a prática de vodu estava envolvida. Foi relatado que muitas vítimas foram raptadas durante cerimônias religiosas e nos templos vinculados ao vodu.
Aumento da Violência e Crise Humanitária
Esses assassinatos chocaram ação no Haiti, que já enfrenta uma escalada de violência relacionada a gangues, que tem contribuído para a crescente escassez de alimentos. Além disso, a insegurança tem se intensificado devido ao atraso no envio de apoio de segurança por países vizinhos, anteriormente prometido.
Controle Territorial da Gangue
A gangue de Mikano tem mantido o controle de um território pequeno, porém estratégico, que abrange áreas próximas a portos importantes e rodovias nacionais, já há cerca de 15 anos, conforme indicado pela ONU.
Números Alarmantes de Violência
Desde o início de 2023, mais de 5.300 mortes foram registradas no Haiti, e mais de 12 mil desde janeiro de 2022, com mais de 700 mil pessoas deslocadas internamente devido à violência e insegurança persistentes. A situação no país continua a ser crítica, exigindo atenção urgente da comunidade internacional.