A votação no Parlamento da Coreia do Sul, marcada para amanhã, representa uma nova tentativa da oposição de destituir o presidente Yoon Suk-yeol. O Partido Democrático anunciou que a moção de destituição será apresentada neste sábado (12), em meio a crescentes tensões políticas no país.
Investigações em curso
Na manhã de hoje, uma unidade especial da polícia sul-coreana conduziu buscas em diversas instituições, incluindo o gabinete presidencial e a sede da polícia, como parte das investigações sobre ações recentes do governo. As autoridades informaram que as operações ocorreram uma semana após a declaração de lei marcial, uma medida que causou agitação no cenário político.
Os principais líderes da polícia, Cho Ji-ho and Kim Bong-sik, foram detidos por sua participação na lei marcial, com alegações de terem impedido deputados de acessarem o Parlamento para votar a suspensão da medida emergencial. O governo conservador de Yoon já enfrentou um revés antes, quando uma tentativa anterior de destituição não obteve o quórum necessário devido ao boicote do Partido Popular do Povo (PPP).
Críticas e acusações
A oposição qualificou a situação atual como um “segundo golpe” de Estado, acusando o PPP de barganhar em troca de apoio político, enquanto o Gabinete de Investigação de Corrupção de Altos Funcionários anunciou planos para solicitar a detenção de Yoon, dependendo da evolução das investigações.
O presidente do Gabinete, Oh Dong-woon, confirmou que a análise sobre a prisão de Yoon está em progresso, ressaltando a seriedade das acusações, que incluem a possibilidade de pena de morte em caso de condenação por rebelião.
Caso envolvendo o ex-ministro da Defesa
Em um desenvolvimento relacionado, o ex-ministro da Defesa, Kim Yong-hyun, está em estado estável após uma tentativa de suicídio em um centro de detenção. Ele enfrenta acusações de rebelião e abuso de poder devido à sua recomendação para a imposição da lei marcial e por enviar tropas para impedir o funcionamento do Parlamento.
Esses eventos culminaram em crises políticas significativas e protestos nas ruas da Coreia do Sul. A pressão sobre o governo de Yoon e seus aliados continua a crescer à medida que a oposição busca mobilizar apoio para a destituição do presidente, em meio a uma atmosfera política bastante tensa.