O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, fez uma declaração impactante neste sábado, ressaltando que se os países que integram o Brics optarem por não usar o dólar como moeda oficial, enfrentarão tarifas de 100% e outras retaliações econômicas americanas. Essa afirmação ressalta a importância do dólar nas transações internacionais e a posição dominante que os EUA desejam manter.
Trump enfatizou que os membros do Brics devem comprometer-se a não criar uma nova moeda ou apoiar outra moeda que possa substituir o dólar nas transações comerciais. Em sua comunicação, ele afirmou: “Exigimos que esses países se comprometam a não criar uma nova moeda do Brics nem apoiar qualquer outra moeda que substitua o poderoso dólar americano. Caso contrário, eles sofrerão tarifas de 100% e deverão dizer adeus às vendas para a maravilhosa economia norte-americana.”
Além disso, Trump acrescentou que “não há nenhuma chance dos Brics substituírem o dólar americano no comércio internacional, e qualquer país que tentar deve dizer adeus aos Estados Unidos.” Esse cenário coloca em evidência a estratégia dos EUA para manter sua influência no mercado global e proteger sua moeda.
Recentemente, o Brics expandiu sua composição, com a inclusão de Irã, Arábia Saudita, Egito, Etiópia e Emirados Árabes Unidos ao grupo, que anteriormente era formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Essa ampliação pode gerar mudanças significativas nas dinâmicas comerciais e financeiras dentro do bloco.
Em contrapartida, em uma reunião de cúpula do Brics realizada em outubro, o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, defendeu a criação de meios alternativos de pagamento entre os países membros para reduzir a dependência do dólar. Essa proposta visa estabelecer um sistema de compensação de pagamentos em moedas locais, um passo que deve ser debatido de forma mais intensa quando o Brasil assumir a presidência do grupo em 2025.
A intenção do Brasil é fortalecer o Novo Banco de Desenvolvimento, que foi criado para financiar projetos de infraestrutura e desenvolvimento sustentável entre os países do Brics, e que é presidido pela ex-presidente Dilma Rousseff. Essa ação reflete um movimento mais amplo para diversificar as relações comerciais e financeiras fora da influência exclusiva do dólar americano.