A Meta e a Amazon.com estão reduzindo seus programas de diversidade em um contexto de crescente oposição conservadora nos Estados Unidos, especialmente com a iminente posse de Donald Trump. Essas ações refletem uma mudança nas prioridades de grandes empresas em relação a iniciativas de diversidade, equidade e inclusão (DEI).
Redução de programas de diversidade
Após anos promovendo políticas inclusivas, muitas empresas começam a reavaliar suas iniciativas. A Meta, por exemplo, tomou a decisão de encerrar seus programas de DEI, abrangendo áreas como contratação, treinamento e seleção de fornecedores. Essa mudança foi comunicada internamente e já vem sendo recebida favoravelmente por grupos conservadores.
A gigante da mídia social, liderada por Mark Zuckerberg, também tem tomado outras medidas significativas. Recentemente, descontinuou seu programa de verificação de fatos nos EUA e fez nomeações estratégicas, incluindo a de Joel Kaplan, um proeminente republicano, para o cargo de diretor de assuntos globais. Além disso, a empresa anunciou uma contribuição de 1 milhão de dólares para o fundo inaugural de Donald Trump, unindo-se a outras grandes corporações que também manifestaram apoio financeiro.
Mudanças na Amazon.com
A Amazon.com, por sua vez, informou que está “encerrando programas e materiais desatualizados” relacionados à diversidade e inclusão, com o objetivo de completar essa transição até o final de 2024. Essa decisão também está alinhada com um movimento mais amplo entre empresas que enfrentam sanções e pressões relacionadas a programas DEI.
As implicações da Suprema Corte
Recentemente, grupos conservadores intensificaram suas críticas aos programas DEI, ameaçando processar empresas que mantêm essas políticas, especialmente após a decisão da Suprema Corte dos EUA em 2023, que questionou a legitimidade da ação afirmativa em universidades. Janelle Gale, vice-presidente de recursos humanos da Meta, destacou que o ambiente legal e político em relação às iniciativas de diversidade está em transformação e que as recentas decisões da Suprema Corte instigam essa mudança.
Gale também apontou que o termo DEI tornou-se controverso, sendo percebido por alguns como uma prática que oferece tratamento preferencial a determinados grupos. Com as novas diretrizes, a Meta não terá mais uma equipe dedicada exclusivamente a DEI, e sua diretora de diversidade, Maxine Williams, será reposicionada em um novo papel com foco em acessibilidade e engajamento.
As recentes movimentações na Meta e na Amazon revelam uma estratégia de adaptação em tempos de mudanças políticas e sociais, sinalizando uma nova era para programas de diversidade nas grandes corporações dos Estados Unidos.