6 de fevereiro de 2025
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Venezuela prende opositor acusado de golpe antes da posse

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Três dias antes da posse de Nicolás Maduro, a Venezuela se vê em meio a uma crescente tensão política com a prisão de Enrique Márquez, ex-candidato à presidência pelo partido Centrados. Ele foi detido sob a acusação de tentar realizar um golpe de Estado, supostamente articulando uma posse paralela para o opositor Edmundo González a partir de embaixadas venezuelanas no exterior.

A esposa de Márquez, Sonia Lugo de Márquez, utilizou as redes sociais para denunciar o sequestro do marido por grupos paramilitares, afirmando que a detenção visa silenciar aqueles que anseiam por mudanças no país. Enquanto isso, o ministro do Interior, Diosdado Cabello, reforçou a acusação, alegando que Márquez é o responsável por organizar um governo paralelo.

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Reações da oposição

A Frente Democrática Popular, que apoia Márquez, repudiou as acusações, classificando-as como uma campanha de difamação do governo. Também houve críticas de deputados do partido Copei, que se opõem à formação de administrações paralelas e enfatizam a necessidade de respeitar as instituições do Estado venezuelano.

Contexto da crise política

A crise política na Venezuela se intensificou desde que Juan Guaidó se autoproclamou presidente em 2019, recebendo apoio internacional que incluiu a transferência de ativos estatais. O atual opositor, Edmundo González, alegou fraude nas eleições presidenciais de 2024 e anunciou sua intenção de retornar ao país antes da posse de Maduro, programada para esta sexta-feira (10), enquanto a oposição convoca manifestações.

Repercussão internacional

A detenção de Enrique Márquez gerou preocupação além das fronteiras venezuelanas. O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, manifestou sua indignação e ressaltou que tal situação impede sua presença na posse de Maduro. Ele citou também a prisão de Carlos Correa, defensor dos direitos humanos na Venezuela, que foi detido em Caracas.

A posição do governo Maduro

O governo de Nicolás Maduro defende que as eleições foram válidas e que as instituições do país, como o Conselho Nacional Eleitoral e o Tribunal Supremo de Justiça, corroboram sua legitimidade. Maduro exige respeito à decisão dos tribunais e recusa intervenções externas nos assuntos internos da Venezuela, desafiando a contestação da oposição e da comunidade internacional relativa à transparência das eleições.

Por fim, a crise política da Venezuela se torna cada vez mais complexa, com desdobramentos que podem afetar a estabilidade do país e suas relações internacionais, especialmente com a comunidade ocidental.


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