As articulações neste ano eleitoral já estão movimentando os bastidores, a disputa da Prefeitura da Capital será uma das mais acirradas, por alguns fatores: A vitrine da disputa Majoritária reflete em todo o estado, o prefeito tem seu arco de alianças partidárias restrito a poucos partidos, o PT do deputado estadual e ex-prefeito João Coser que disputou o segundo turno de 2020 está no comando do governo federal com o presidente Lula e isso tende a polarizar a eleição municipal. Neste cenário político adverso que surge o nome do deputado estadual em segundo mandato Fabrício Gandini, ele que disputou as eleições da capital em 2020 pelo Cidadania, partido qual ele presidiu até trocar pelo PSD no final de 2023.
Gandini como os eleitores o chamam, tem uma história de militância política de mais de 25 anos, tendo começado adolescente como presidente do Grêmio Estudantil Ruy Barbosa da Escola Técnica Federal (Atual IFES Vitória) foi vereador por três mandatos na Capital, secretário na gestão Luciano Rezende e presidente da Câmara de Vitória onde realizou um mandato revolucionário economizando recursos públicos e moralizando o legislativo municipal.
Sendo morador e tendo seu principal reduto eleitoral em Jardim Camburi ele atualmente preside o PSD de Vitória o qual já está montando a chapa de vereadores para eleger 3 edis nas eleições de outubro deste ano, o vereador Davi Esmael (atualmente filiado PSD) já está de partida tentando a filiação em um partido próximo ao prefeito Lorenzo Pazolini (Republicanos)
diversos nomes são cotados para integrar o PSD dentre eles os aliados históricos de Gandini, o astro do Beach Soccer e Presidente da Associação de Moradores de Jardim Camburi Bruno Malias ao vereador líder da oposição Vinicius Simões (atualmente no cidadania), o que chama a atenção e que mesmo não tendo vencido a eleição em 2020 a estratégia e partidos que ele montou as chapas, elegeram 10 dos 15 vereadores de Vitória, sendo esse um exemplo real que ele não brinca em serviço e sabe montar chapas como ninguém.
Gandini hoje integra um grupo de candidatos de centro, mesmo ele tendo uma atuação política pelo campo da direita, foi o único vereador eleito em 2008 que fez oposição ferrenha ao então prefeito petista João Coser (2005-2013) tendo sido eleito o vereador mais votado do estado em 2012 e 2016, ele também foi candidato a vice-governador de Renato Casagrande em 2014 nesta eleição onde Casagrande foi vencido por Paulo Hartung com César Colnago de vice.
Hoje os pré-candidatos deste centro são o ex-prefeito Luiz Paulo (PSDB/Cidadania) uma das principais razões da troca de partido de Gandini pela garantia do PSD de legenda para ele disputar a prefeitura. O deputado estadual e também morador de Jardim Camburi Tyago Hoffman do PSB, o ex-deputado e Professor Sérgio Majeski do PDT.
Após as eleições de 2020 onde conquistou 36.172 (21,12%) votos no primeiro turno, ele foi o mais votado no bairro que possui o maior número de eleitores do município, Jardim Camburi. Lá, obteve 6.210 votos. Ele acabou ficando em terceiro lugar, fora da reta final das eleições, com uma diferença para Coser de 1.201 votos.
Logo após as eleições ele cortou relações com Luciano Rezende (Cidadania) ex-prefeito e até então aliado, nos bastidores dizem que as ingerências de Luciano na campanha com seu perfil autoritário e centralizador atrapalharam as articulações e até a estratégia eleitoral. Esse rompimento ficou claro quando Luciano lançou sua ex-secretária Lenise Loureiro (Cidadania) candidata a deputada estadual em 2022 tendo uma votação pífia de 7.690 votos, nesta eleição Gandini se consagrou se reelegendo para o segundo mandato na assembleia legislativa.
No fim de fevereiro as articulações e movimentos das eleições municipais começam para valer.