O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi indiciado pela terceira vez nesta quinta-feira (21), após a Polícia Federal (PF) concluir o relatório sobre a tentativa de golpe de Estado que teria ocorrido após as eleições de 2022. O documento, que inclui indícios de crimes envolvendo outras 36 pessoas, foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Entre os indiciados estão ex-ministros do governo Bolsonaro, como Anderson Torres (Justiça), Augusto Heleno (GSI), Braga Netto (Defesa), além do ex-diretor da Abin, Alexandre Ramagem (PL-RJ), e o ex-assessor de Bolsonaro, Marcelo Câmara.
Outro nome de peso na lista é o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente, que também foi indiciado e prestou depoimento ao STF na mesma data.
Crimes Atribuídos a Bolsonaro
Jair Bolsonaro foi indiciado por três crimes graves: abolição violenta do estado democrático de direito, tentativa de golpe de Estado e organização criminosa. Este é o primeiro indiciamento de Bolsonaro por tentativa de golpe e abolição violenta do estado democrático de direito. No entanto, ele já havia sido indiciado anteriormente por organização criminosa em investigações relacionadas às joias sauditas e à fraude no cartão de vacinação contra a Covid-19.
Outros Indiciamentos de Bolsonaro
Além do novo indiciamento, Bolsonaro já enfrentou outras investigações. Em julho deste ano, a PF indiciou o ex-presidente no caso das joias sauditas, que foram presenteadas ao governo brasileiro e posteriormente negociadas nos Estados Unidos. Nesse caso, ele foi acusado de associação criminosa, lavagem de dinheiro e apropriação de bens públicos.
Em março deste ano, Bolsonaro também foi indiciado por envolvimento em um esquema de fraude no registro de vacinação contra a Covid-19. O tenente-coronel Mauro Cid e outras 15 pessoas também foram indiciados nesse inquérito, sendo acusados de associação criminosa e inserção de dados falsos.
O novo indiciamento reforça o crescente volume de investigações contra Bolsonaro e aliados, e coloca o ex-presidente em uma posição ainda mais vulnerável diante do STF e das autoridades investigativas.