O advogado Eli Cohen, responsável por identificar as fraudes envolvendo descontos associativos indevidos em aposentadorias, afirmou à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS que o esquema não poderia ter funcionado sem “a conivência de servidores públicos”, incluindo, segundo ele, dirigentes do INSS e até figuras de alto escalão.
Cohen revelou que descobriu o esquema em 2022 ao trabalhar para indivíduos usados como “laranjas” em uma rede de entidades que se beneficiavam dos descontos na folha de pagamento de aposentados e pensionistas. Ele afirmou que denunciou o caso à polícia e, ao ver que as instituições não agiam, recorreu à imprensa para ampliar o alcance da investigação.
O advogado relatou ainda que vem recebendo ameaças desde o início da apuração, mas garantiu que sua atuação colaborou para que o esquema fosse desbaratado.
Foto: Antônio Cruz/ Agência Brasil







