O ex-presidente Michel Temer (MDB) comentou, nesta semana, o andamento do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF). Para ele, o voto do ministro Luiz Fux, que divergiu da maioria até agora, tem um peso “fundamental” para a defesa do ex-chefe do Executivo.
Segundo Temer, a divergência no plenário reforça o caráter democrático das decisões da Corte e mostra que há espaço para diferentes interpretações jurídicas dentro do processo.
Ao mesmo tempo, Temer também se manifestou sobre o discurso recente do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que chamou o ministro Alexandre de Moraes de “ditador” em um ato público. O ex-presidente considerou que a declaração não foi adequada, ainda que tenha ocorrido em meio a um ambiente de forte mobilização política.
Temer defendeu ainda que o país precisa caminhar para um processo de pacificação institucional. Para ele, a Justiça deve buscar formas de reduzir tensões e evitar a radicalização, inclusive avaliando medidas que possam resultar em penas mais brandas para os envolvidos nos atos de 8 de janeiro, sem abrir mão da responsabilização legal.
As falas do ex-presidente se inserem em um contexto de debates intensos sobre os rumos da política nacional, enquanto o julgamento de Bolsonaro segue em andamento e continua a mobilizar atores políticos e sociais em todo o país.
Foto: Wilson Dias/Agência Brasil







