O Brasil está enfrentando um aumento significativo de arboviroses, como a chikungunya, além da dengue, gerando preocupação entre os profissionais de saúde devido à natureza incapacitante dessas doenças.
A chikungunya é especialmente preocupante devido às dores intensas nas articulações, que podem incapacitar a pessoa para atividades simples do dia a dia. A enfermeira da Vigilância Epidemiológica de Vitória, Aline de Sousa Areias, destaca que a doença pode evoluir para uma forma crônica, persistindo por meses ou anos, afetando significativamente a qualidade de vida dos pacientes.
O tratamento da chikungunya envolve medicamentos, sendo adaptado de acordo com a fase da doença e os sintomas apresentados. Nos casos crônicos, pode ser necessária a intervenção de fisioterapeutas e médicos reumatologistas para um acompanhamento adequado.
É importante estar atento aos sintomas, pois na primeira semana eles podem ser semelhantes aos da dengue, com febre e dores pelo corpo e articulações. No entanto, a chikungunya se diferencia pela intensidade e persistência desses sintomas ao longo do tempo.
Em termos de números, o Brasil registrou um aumento significativo de casos de chikungunya em relação ao ano anterior, com 97.508 notificações. No Espírito Santo, foram 7.929 casos, e em Vitória, houve 845 notificações, representando um aumento expressivo em relação ao mesmo período do ano anterior.
A prevenção continua sendo a melhor estratégia contra a chikungunya, focando na eliminação dos criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença. A Prefeitura de Vitória realiza diversas ações nesse sentido, incluindo orientações em feiras e parques, mutirões de limpeza, monitoramento de charcos e bueiros, aplicação de carro fumacê e visitas domiciliares em áreas com mais casos notificados. O uso de drones também é adotado para mapear áreas de difícil acesso e identificar possíveis focos do mosquito. Essas medidas visam combater a proliferação do vetor e reduzir a incidência de chikungunya e outras arboviroses na cidade.