13 de novembro de 2024
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Fiocruz alerta para meningite transmitida por caramujo, após morte

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A Fundação Oswaldo Cruz alertou sobre a transmissão de meningite através de caramujos (meningite eosinofílica) após a morte de um paciente em abril, em Nova Iguaçu, RJ. Análises do Laboratório de Malacologia do Instituto Oswaldo Cruz identificaram o verme causador da doença em um caramujo na região afetada.

A meningite é caracterizada pela inflamação das meninges, que são membranas que revestem o encéfalo e a medula espinhal.

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Agentes da Vigilância Ambiental em Saúde (Suvam) de Nova Iguaçu e do IOC coletaram caramujos no bairro Ipiranga, onde o caso foi registrado, encontrando o verme Angiostrongylus cantonensis em um caramujo da espécie Pomacea maculata, conhecido como lolô ou aruá, entre os 22 analisados.

A última ocorrência de meningite transmitida por caramujos no estado do Rio de Janeiro foi registrada em 2014, e no Brasil desde 2006, conforme estudos do Serviço de Referência para Esquistossomose-Malacologia da Fiocruz entre 2008 e 2021, detectaram a presença do verme em 14 estados brasileiros.

A chefe do Laboratório de Malacologia do IOC/Fiocruz, Silvana Thiengo, destacou a importância da conscientização dos profissionais de saúde sobre a doença para diagnosticar e tratar corretamente.

O verme Angiostrongylus cantonensis tem um ciclo de vida que envolve roedores como hospedeiros, onde se desenvolve em parasitas adultos. As larvas são eliminadas nas fezes dos mamíferos, sendo ingeridas pelos caramujos. Dentro deles, adquirem a forma que pode infectar animais vertebrados, incluindo seres humanos.

A infecção humana ocorre pela ingestão de caramujos infectados ou muco liberado por eles, contendo larvas do verme. A recomendação é evitar o manuseio direto dos caramujos, higienizar alimentos e não consumi-los crus.

A Fiocruz orienta a população sobre a eliminação segura dos moluscos, como a coleta manual usando luvas e o descarte correto das conchas para evitar a proliferação do Aedes aegypti.

A Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro mobilizou uma equipe técnica para investigar o caso em Nova Iguaçu após notificação da Secretaria Municipal de Saúde.

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