Na terceira Copa América em apenas cinco anos, uma banalização da competição — e, acreditem, ano que vem tem mais uma! —, o Brasil perdeu Neymar, a procura por ingressos é abaixo do esperado e a unanimidade em torno do Tite parece ter acabado.

Assim, o que esperar da Seleção Brasileira no torneio que começa sexta-feira (14)? Que tal torcermos para que seja plantada aqui a semente do hexa?
A última edição da Copa América disputada no Brasil foi em 1989. A Seleção também estava pressionada. Até mais do que agora, para falar a verdade. Mas ganhou e começou, naquela conquista, a forjar o time campeão do mundo em 1994.
Da Seleção campeã da Copa América de 89, 10 jogadores permaneceram até a conquista do tetra, cinco anos depois, nos Estados Unidos: Taffarel, Jorginho, Branco, Mazinho, Ricardo Rocha, Aldair, Dunga, Bebeto, Müller e Romário. À exceção de Müller, todos foram titulares no Mundial dos EUA — Ricardo Rocha perdeu a posição por lesão logo no início da Copa, e Mazinho fez o caminho inverso e ganhou a posição de Raí durante a competição.
É possível repetir a fórmula agora? Acredito do que sim.
Neste sentido, a ausência de Neymar pode ajudar. Como? Dando aos demais jogadores a chance de serem protagonistas, o que nunca acontece quando o camisa 10 está em campo. Assim, há possibilidade de crescimento e amadurecimento de jogadores jovens com grande potencial como Richarlison, David Neres, Everton e Gabriel Jesus, por exemplo.
Até mesmo alguns mais “velhos”, como Philippe Coutinho e Firmino, podem se soltar mais sem a “obrigação” de dar a bola para o Neymar o tempo todo.
Ainda não temos laterais e zagueiros para a próxima Copa do Mundo. Mas do meio de campo para a frente, boa parte da Seleção que estará no Catar em 2022 já estará em campo na Copa América.
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Jesus vai dar o que falar

Jorge Jesus só vai começar a trabalhar no Flamengo no dia 20. Sua estreia será na Copa do Brasil, no jogo de ida das quartas de final contra o Athletico/PR, fora de casa.
É esperar para ver. Mas é certo que as entrevistas do treinador vão dar o que falar. Frasista, deve competir com Renato Gaúcho no ranking das melhores declarações.
Se tamanha confiança vai se refletir dentro das quatro linhas, só os resultados dirão. Mas dizer que o Flu jogou para não perder o Fla-Flu da oitava rodada foi preocupante… Sinal de miopia?
 
	    	 
		    






