Dos casos notificados de violência no estado, 65,3% foram contra pessoas com deficiência, sendo que contra crianças e idosos o número de casos foi maior, segundo estudo realizado pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).
Outro dado levantado na pesquisa mostra que pessoas pretas com deficiência foram 15% mais violentadas que brancas, e os agressores, em sua maioria, eram do sexo masculino, com idade de 25 anos ou mais e haviam usado álcool.
Esses eventos de agressão foram predominantemente em vias públicas e mais de uma vez.
O estudo analisou casos de violência contra as pessoas com deficiência no Espírito Santo porque essa comunidade é a mais vulnerável ao agravo da violência e necessita de estratégias que possam garantir a sua proteção.
A pesquisa levantou os casos notificados entre os anos de 2011 a 2018, analisando a frequência e o número de dados nesse período.
As informações foram recolhidas do Sistema de Informação de Agravos de Notificação do estado do Espírito Santo disponibilizados pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesa).
Os resultados revelaram que a violência contra a pessoa com deficiência se apresentou elevada no Espírito Santo e o reconhecimento dos seus fatores é importante para que essa população tenha seus direitos garantidos e que políticas públicas de prevenção e proteção na saúde ajudem a diminuir as diversas consequências à saúde física, mental e social das pessoas com deficiência.
O reconhecimento das causas desse tipo de violência ajuda profissionais da saúde a proteger essa população, garantindo que políticas de prevenção sejam criadas impedindo as consequências dessas agressões.







