O Governo do Espírito Santo vai investir R$ 150 milhões na reforma e a ampliação do Aeroporto de Cachoeiro de Itapemirim “Raimundo de Andrade” após a obra ficar de fora dos investimentos previstos no novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O edital da licitação será lançado nos próximos dias.
O secretário estadual de Economia e Planejamento, Álvaro Duboc explicou que o aeroporto foi listado pelo governo do Estado como uma das 14 obras prioritárias que foram enviadas para o Governo Federal a serem incluídas no novo PAC, mas ficou de fora.
“A justificativa da Casa Civil para não incluí-lo, foi de que o aeroporto de Cachoeiro não consta do Plano Nacional Aeroviário. Vamos trabalhar para inclui-lo e futuramente buscar os investimentos do governo federal. Mas, independentemente do apoio do governo federal, faremos os investimentos para a modernização do aeroporto”, disse Duboc.
Expectativa x Frustração
Havia mais que uma expectativa de que essa obra, fundamental para o desenvolvimento da região Sul, entraria no novo PAC. Em fevereiro, o ministro dos Portos e Aeroportos, Márcio França, esteve no Estado e prometeu enviar recursos para a modernização do aeroporto.
“O aeroporto de Cachoeiro é uma ideia de ampliação, mas é muito importante, porque vai ser o terceiro aeroporto do Estado, e vai ter o apoio federal, com certeza”, garantiu França em entrevista à imprensa na ocasião da visita.
Por isso, quando o anúncio do PAC saiu no último dia 11 excluindo o aeroporto regional, a frustração foi grande, principalmente por parte do setor produtivo da região sul capixaba.
O presidente do Sindirochas, Ed Martins André, por exemplo, lamentou o aeroporto não ter sido contemplado.
Planejamento Estratégico

Duboc afirmou que, mesmo sem o recurso federal, as obras do aeroporto vão sair do papel.
“Já estávamos trabalhando para viabilizar os investimentos na modernização do aeroporto de Cachoeiro. Tanto é que ele consta do Planejamento Estratégico do Governo para o período de 2023 a 2026”.
A não inclusão do aeroporto no novo PAC também não significa, segundo Duboc, que o governo federal não possa contribuir, futuramente, com recursos. Há também uma expectativa de um contrato com a Infraero para a gestão da obra.
“A Infraero tem disponibilidade, via contrato, para atuar na fiscalização da obra. Posterior à inauguração, a expectativa é que o Estado firme contrato com a Infraero para a gestão do aeroporto”, disse Duboc.
Ele explicou que a licitação será pelo modelo de RDCI – Regime Diferenciado de Contratação Integrada –, o que agiliza o processo. Isso porque contrataria, na mesma licitação, o projeto e as obras. A previsão é que tudo (projeto + obras) seja concluído em 24 meses. Ele não deu a data que sairá o edital.
Previsão
A Secretaria de Estado de Mobilidade e Infraestrutura (Semobi) está à frente do processo de modernização do aeroporto do Sul do Estado. O investimento de R$ 150 milhões inclui serviços para ampliação da pista de pouso e decolagem e pista de taxiamento, com nova sinalização horizontal e sinalização luminosa.
Há também a proposta de recuperar o pátio de aeronaves, reformar o terminal de passageiros para aviação executiva, construir um novo terminal de passageiros para aviação comercial e instalar a seção contra incêndio – categoria 4.
A expectativa é que, com a ampliação, o aeroporto tenha a capacidade de receber aviões do tipo ATR-42 (de médio porte), aeronaves regular de passageiros.
O projeto inclui a aquisição e instalação de equipamento de auxílios de navegação aérea, como o Papi, que é usado para orientação do piloto na hora do pouso.







