O mercado financeiro enfrentou um dia tenso na terça-feira (25), com o dólar comercial atingindo a marca de R$ 5,453 ao encerramento, refletindo uma alta de R$ 0,063 (+1,26%). A moeda norte-americana iniciou o dia em torno de R$ 5,41, ganhando impulso após a abertura dos mercados nos Estados Unidos e se aproximando da máxima diária no fechamento.
Junho acumulou uma valorização de 3,89% para o dólar, enquanto em 2024 a alta já alcançava 12,36%.
No mercado de ações, o índice Ibovespa, da B3, fechou aos 122.243 pontos, registrando uma queda de 0,32%. O dia começou com leve alta, mas logo reverteu o movimento e passou a cair durante a manhã.
Fatores tanto internos quanto externos exerceram pressão sobre o mercado. Internamente, a divulgação da ata do Copom reafirmou a postura do Banco Central em relação ao controle firme da inflação, afastando investidores da bolsa, que preferiram direcionar seus recursos para investimentos em renda fixa, como títulos do governo, em um contexto de juros elevados.
Por outro lado, a ata do Copom não foi suficiente para conter o avanço do dólar. Após um período de estabilidade, os rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA, considerados os mais seguros globalmente, voltaram a subir, incentivando a retirada de capitais de mercados emergentes, como o Brasil, o que pressionou a cotação para cima.
No cenário doméstico, discussões sobre medidas que aumentam os gastos públicos dominaram o dia. O debate sobre a renegociação da dívida dos estados e a ampliação de auxílios para o Rio Grande do Sul aumentaram as preocupações sobre a sustentabilidade do novo quadro fiscal.







