Em um dia de alívio para o mercado financeiro, o dólar comercial caiu para abaixo de R$ 5,50 na quinta-feira (4). A moeda norte-americana encerrou a sessão cotada a R$ 5,487, marcando um recuo de R$ 0,081, ou 1,46%, e contribuiu para uma quarta alta consecutiva da Bolsa de Valores, que superou os 126 mil pontos.
Durante o dia, o dólar apresentou uma trajetória de baixa, chegando a atingir a mínima de R$ 5,46 por volta das 10h15. Embora tenha brevemente alcançado a marca de R$ 5,50 entre 13h20 e 14h, a cotação desacelerou durante a tarde e se estabeleceu em R$ 5,487 ao final dos negócios.
Com a performance de hoje, a moeda norte-americana acumula uma queda de 1,81% nos primeiros quatro dias de julho, embora tenha registrado um aumento de 13,06% desde o início de 2024.
No mercado de ações, o índice Ibovespa seguiu sua trajetória positiva e fechou em 126.164 pontos, com uma alta de 0,4%. Este é o maior patamar do indicador desde 21 de maio.
O desempenho positivo do mercado financeiro ocorreu em meio ao feriado do Dia da Independência dos Estados Unidos, que deixou o mercado mais focado em eventos internos. Os investidores reagiram favoravelmente ao anúncio do governo de medidas de contenção de despesas, que inclui o bloqueio temporário de R$ 25,9 bilhões no Orçamento de 2024 e cortes de gastos obrigatórios no Orçamento de 2025.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou essas medidas na noite de quarta-feira (3), após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O detalhamento do contingenciamento será feito no próximo dia 22, enquanto os cortes no Orçamento de 2025 serão formalizados com o envio do projeto de lei em 30 de agosto.
Essas medidas vêm após uma semana de tensões, com críticas do presidente Lula à manutenção da taxa de juros em 10,5% pelo Banco Central. Na terça-feira (2), o dólar havia fechado a R$ 5,66, superando brevemente a marca de R$ 5,70 durante a sessão.
