Desde cedo, todos já ouvimos falar sobre o “ciclo da água”, um conceito que pode ter sido aprendido ao criar terrários ou mini ecossistemas. Mas você se lembra exatamente como ele funciona? Embora a maior parte da água no planeta participe desse ciclo, existem reservatórios aquíferos que não estão envolvidos nesse processo. Vamos relembrar os detalhes desse ciclo, suas nuances e algumas curiosidades.
O ciclo da água envolve não apenas reservatórios superficiais, como rios e lagos, mas qualquer fonte que contenha água. A maior reserva do planeta está nos oceanos, com cerca de 1,3 bilhões de quilômetros cúbicos. Geleiras e águas subterrâneas também são cruciais. Os lençóis aquíferos mais rasos, que ficam até 2 km abaixo da superfície, têm um papel ativo no ciclo, devido ao seu contato mais próximo com a atmosfera. Em contrapartida, os reservatórios de água salgada que estão a mais de 10 km de profundidade ainda são um mistério em relação à sua contribuição para o ciclo hidrológico.
O ciclo da água é um processo de “reciclagem hidrológica” que envolve a evaporação da água líquida, a formação de nuvens e a precipitação de volta ao solo. Embora pareça simples, esse ciclo requer uma quantidade significativa de energia, principalmente do Sol, que aquece a água. Climas extremos, como os muito frios ou secos, podem dificultar esse processo, resultando em evaporação lenta ou chuvas escassas. Por outro lado, regiões com alta umidade e barreiras físicas podem enfrentar excesso de precipitação.
A chuva que cai hoje não é composta pela mesma água que você usou há um mês. Quando a água evapora, transforma-se em vapor na atmosfera e se condensa em nuvens. Os ventos, conhecidos como Ventos Alísios, transportam essa umidade, que se acumula em áreas de baixa pressão, formando chuvas. Assim, a água que cai agora pode ter origem em oceanos distantes ou até mesmo em continentes diferentes.
Você já se perguntou por que a água que cai nos rios é “doce” enquanto a dos oceanos é “salgada”? A resposta é simples: as moléculas de água evaporam a 100 °C ao nível do mar. Apenas a água pura se transforma em vapor, enquanto os outros componentes permanecem. Portanto, a água que retorna à Terra é doce, e a mistura com sais ocorre após a precipitação, ajudando a regular a salinidade dos mares.







