A Prefeitura de Vitória instituiu um novo programa para o tratamento e recolhimento de animais de rua com esporotricose, uma medida inédita na cidade. A assinatura do contrato, que permitirá essa iniciativa, ocorreu nesta segunda-feira (11), no gabinete da administração municipal.
Atualmente, a Secretaria de Saúde de Vitória (Semus), por meio do Centro de Vigilância em Saúde Ambiental (CVSA), já realiza um programa que atende animais com suspeitas da doença, desde que um responsável se comprometa pelo animal. Agora, com o novo contrato, a Semus poderá também cuidar de cães e gatos errantes, aqueles que estão nas ruas sem tutores.
Participaram da cerimônia o prefeito Lorenzo Pazolini, a vice-prefeita eleita Cris Samorini, além de outras autoridades e representantes de associações protetoras de animais. Durante o evento, o prefeito destacou a importância dessa iniciativa, acrescentando que “estamos dando um avanço significativo e uma solução definitiva para um desafio que é nacional.” Ele enfatizou ainda a relevância da relação entre humanos e animais no contexto da saúde pública.
Cris Samorini, ao discursar, frisou o compromisso do município com o bem-estar animal, ressaltando que o tratamento dos animais errantes com esporotricose é essencial para proteger a saúde pública e controlar a disseminação de doenças. A secretária de Saúde, Magda Lamborghini, acrescentou que a nova proposta atenderá até 230 animais simultaneamente, com um investimento de R$ 2,4 milhões por ano.
A diretora do CVSA, Wanessa Andrade, observou a importância do serviço para interromper a transmissão da esporotricose, uma doença que pode afetar tanto os animais quanto os humanos. Com a nova prestação de serviços, são destinados mais recursos para o tratamento de animais errantes, incluindo exames, internação, vacinas e esterilização.
A presidente da Sociedade Protetora dos Animais do Estado do Espírito Santo, Regina Mazoco, expressou seu entusiasmo com a iniciativa, destacando que se trata de um cumprimento de promessas feitas pelo prefeito que demonstra sensibilidade em relação à causa animal.
As solicitações para o recolhimento de animais suspeitos de esporotricose podem ser feitas pelo canal 156. A equipe do CVSA realizará a triagem dos casos e apenas os animais sem responsáveis serão atendidos. Os cuidados incluem a internação em gatil com microchipagem para o acompanhamento da saúde durante o tratamento, que pode durar até um ano.
A esporotricose, causada pelo fungo Sporothrix schenckii, é transmitida por arranhões ou mordidas de gatos infectados e pode afetar humanos. O aumento nos casos da doença tem sido alarmante, destacando a necessidade urgente de ações de controle e prevenção.
Este novo programa representa um passo significativo para a proteção tanto dos animais quanto da população de Vitória, promovendo saúde e segurança pública.
