A Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep) anunciou a abertura das inscrições para sua vigésima edição, que acontecerá em 2025. O processo de inscrição teve início nesta quarta-feira, 5 de março, e ficará disponível até o dia 17 deste mês. Essa competição é uma importante oportunidade para promover o interesse por matemática entre alunos e professores, incentivando a resolução de problemas e o fortalecimento do conhecimento matemático no ambiente escolar.
Expectativas de participação
A Obmep, organizada pelo Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa), espera atrair cerca de 18 milhões de estudantes de escolas públicas e privadas em todo o Brasil. Alunos do 6º ano do ensino fundamental ao 3º ano do ensino médio poderão participar, competindo por 8.450 medalhas e 51 mil certificados de menção honrosa. Os vencedores serão convidados a integrar o Programa de Iniciação Científica Jr. (PIC), que oferece aulas de reforço em matemática e uma bolsa de R$ 300,00 para alunos das escolas públicas.
O impacto da olimpíada
Com 20 anos de história, a Obmep alcançou 5.564 municípios brasileiros e, desde 2022, conta com a Olimpíada Mirim de Matemática, voltada para os alunos dos anos iniciais do ensino fundamental. A iniciativa busca envolver tanto os alunos quanto os professores, contribuindo para melhorar a relação destes com a matemática, muitas vezes desafiadora.
Os alunos que se destacarem na competição serão reconhecidos em duas fases: a primeira fase, com uma prova objetiva de 20 questões, ocorrerá em 3 de junho. Os classificados avançarão para a segunda fase, marcada para 25 de outubro, onde enfrentarão uma prova discursiva com seis questões. Os resultados da segunda etapa serão divulgados em 1º de agosto, enquanto os premiados serão anunciados em 22 de dezembro.
Foco na inclusão
Marcelo Viana, diretor-geral do Impa, enfatizou a importância de garantir que estudantes de áreas menos favorecidas tenham acesso a essa competição. A formação de professores e o treinamento de alunos são fundamentais para que a olimpíada atue como um canal democrático para fomentar o gosto pelo estudo e identificar talentos em todo o Brasil.
Histórias de sucesso
Dentre os muitos participantes, Luiz Filippe Campos e Raquel Liberato se destacaram como medalhistas da Obmep. Ambos participaram do Programa de Iniciação Científica e utilizaram essa experiência como um importante suporte para conseguir ingresso no curso de medicina da Universidade de São Paulo (USP). A trajetória de Luiz, de Taboão da Serra, o levou a conquistar duas medalhas e o primeiro lugar em medicina pelo Provão Paulista. Já Raquel, oriunda de Flora Rica, levou para casa cinco medalhas e garantiu o terceiro lugar na graduação, demonstrando que a olimpíada tem um papel significativo na formação acadêmica dos jovens.
O Impa também anunciou a abertura de sua primeira graduação, Impa Tech, que utilizará o desempenho em olimpíadas como critério de seleção, refletindo a crescente valorização das competições de conhecimento no acesso ao ensino superior no Brasil. A invenção de reservar vagas para medalhistas em universidades foi pioneira e está sendo adoptada por várias instituições em todo o país.







