Maior parte da verba que essas pastas tiveram para gastar no ano passado partiu de indicações políticas. Para especialistas, esse modelo pode comprometer a qualidade dos gastos públicos, já que os critérios técnicos tendem a ficar em segundo plano.
Mais de 50% de tudo o que foi designado para o orçamento pelos ministérios do Esporte e do Turismo em 2024 vieram de emendas parlamentares. Na prática, isso significa que essas pastas foram as que mais perderam a autonomia sobre seus próprios recursos e passaram a depender de deputados e senadores para executarem suas políticas.
A maior parte da verba que essas pastas tiveram para gastar no ano passado partiu de indicações políticas. Para especialistas, esse modelo pode comprometer a qualidade dos gastos públicos, já que os critérios técnicos tendem a ficar em segundo plano.
O levantamento feito pelo g1 utilizou os valores de emendas parlamentares, de todos os tipos, empenhadas – ou seja, aquelas já reservadas para uso em determinadas ações – e comparou com todos os valores empenhados do Orçamento da União para os ministérios, entre os anos de 2020 e 2024.
No ano passado, o orçamento do Ministério do Esporte ficou em R$ 1,8 bilhão enquanto as emendas enviadas foi de R$ 1,3 bilhão, o que mostra uma relação de dependência de 72,57% das emendas indicadas pelos parlamentares. Ou seja, para cada R$ 4 que o ministério tinha para gastar, R$ 3 vieram de emendas.







