O Som na Sexta viajará no tempo para trazer até o recital de julho um instrumento pouco conhecido na atualidade: o alaúde. Com origens no Oriente Médio, o instrumento difundido pela cultura moura na Europa a partir do século XVIII que, ao longo dos séculos, ganhou novas características, será apresentado ao público pelo alaudista José Eduardo Costa Silva. A noite musical acontecerá no dia 04 de julho (sexta-feira), a partir das 18h, no Instituto Marlin Azul, em Jardim da Penha (Vitória-ES). O evento é gratuito.
O alaúde é um instrumento de corda palhetada ou dedilhada, com braço trastejado, uma caixa de ressonância em forma de meia pêra, com costas abauladas. Seu braço, diferente do violão, é mais largo e curto, com a extremidade muito inclinada. Quem for ao recital de julho conhecerá de perto o instrumento e apreciará o programa “Música Francesa para Alaúde: Danças Retóricas” preparado por José Eduardo Costa Silva.
O músico desenvolve projetos de pesquisa em música, artes, linguagem, composição musical, musicologia, filosofia e psicanálise. É pós-doutor, doutor e mestre em Música pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (Unirio) e historiador e especialista em Filosofia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Atua como professor associado na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) dentro Programa de Pós-Graduação em Artes (PPGA) e do Curso de Música.
Escreveu, dentre outros, os livros “Heidegger e a Música da Poesia” (Editora Prismas – PR); “Música, Alma e Desejo – segundo os gregos” (Lumme Editor – SP) e “Arte, Música e Verdade no Pensamento de Martin Heidegger” (Lumme Editor – SP). Sua produção fonográfica reúne títulos nos gêneros da Música Barroca e Renascentista. O instrumentista compõe ainda para o teatro e o cinema. É membro efetivo da Sociedade do Alaúde da América (Lute Society of America) e da Sociedade Francesa de Alaúde (Société Française de Luth).
O que é o Som na Sexta
O projeto Som na Sexta – IMA Musical nasceu da parceria entre o Instituto Marlin Azul e o Programa de Pós-Graduação em Artes (PPGA) da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e do desejo comum de promover encontros musicais informais, na primeira sexta-feira do mês. A cada edição, um ou mais artistas são convidados para apresentação de um pequeno conjunto de peças de compositores locais, nacionais ou internacionais.
O objetivo é criar um espaço/tempo para que estudantes e profissionais do estado se apresentem em um ambiente descontraído, aproximando a arte das pessoas. Os encontros são gratuitos e abertos ao público em geral. O projeto de extensão tem coordenação das professoras Stela Maris Sanmartin e Mirna Azevedo Costa. A curadoria é do professor e violoncelista Daniel Enache.
Lançado em março de 2024, o projeto Som na Sexta – IMA Musical recebeu intérpretes como os pianistas Gabriel Guerra, Cláudio Thompson, Adriel Natan, Beatriz Rocha, Regina Lengruber, Tayná Lorenção, Mirna Azevedo Costa e Fabrício Moreira; os cantores líricos Carlos Kelert, Luana Shaeffer e Lucimara Viana; o violoncelista Daniel Enache; os violinistas Karen Silva e Ismahel Carvalho e os violonistas Felipe Pessin Manzoli e Victor Polo, além de um grupo de intérpretes do Piano Performance (Adriel Natan, Ana Beatriz Melo, Beatriz Rocha, Regina Lengruber e Mirna Azevedo)
Os recitais contemplaram obras de artistas como Terezinha Dora Abreu de Carvalho, Lycia De Biase Bidart, Heitor Villa-Lobos, Osvaldo Lacerda, Aylton Escobar, Johann Sebastian Bach, Johannes Brahms, Wolfgang Amadeus Mozart, Claude Debussy, Claúdio Thompson, Alceu Camargo, Eduardo Buback, Felipe Pessin Manzoli, Victor Polo, Vinícius de Moraes, Tom Jobim, Chico Buarque, entre outros compositores.