A partir do dia 22 de julho, o Parque Cultural Casa do Governador, em Vila Velha, dará início a um novo projeto de implantação de uma agrofloresta com horta medicinal. A proposta integra a programação da Escola Viva de Artes (EVA) e tem como foco a regeneração do solo, a preservação da biodiversidade e o fortalecimento do diálogo entre saberes tradicionais e conhecimento científico.
O projeto é uma parceria com a Escola Viva de Agricultura Indígena Tembiu Kaa’, localizada em Aracruz, e com o grupo de extensão Esfera, da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). Também participam estudantes do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), pesquisadores, lideranças indígenas e moradores da região.
A ideia é transformar uma área do parque em um espaço agroflorestal educativo e participativo, onde serão cultivadas espécies medicinais nativas da Mata Atlântica. A ação contará com atividades práticas de recuperação ambiental, oficinas e mutirões, além de uma vivência na escola indígena em Aracruz.
Palestras de abertura
A programação de lançamento inclui duas palestras gratuitas no dia 22 de julho. Às 14h30, a liderança indígena Bárbara Tupinikim apresenta o tema “Florestas de Comida”, abordando experiências de regeneração com base nos saberes do seu povo e em sua atuação como engenheira florestal e etnobotânica. Bárbara é referência na defesa dos direitos indígenas e na valorização de espécies medicinais da Mata Atlântica.
Na sequência, às 15h30, a bióloga e professora Tessa Chimalli ministra a palestra “Sistemas Agroflorestais na Agroecologia”, compartilhando vivências em agroecologia, ensino e pesquisa. Tessa é mestra e doutoranda em Ciências Florestais pela Ufes e atua no Ifes de Itapina, com ênfase em Sistemas Agroflorestais Sintrópicos.
Educação ambiental e participação coletiva
Além de promover práticas sustentáveis, o projeto se destaca pela integração entre diferentes formas de conhecimento. Todas as etapas serão conduzidas por especialistas e lideranças com atuação direta em agroecologia, educação indígena e etnobotânica, garantindo sensibilidade técnica, cultural e ambiental.
As ações práticas, como limpeza do terreno, adubação e plantio da agrofloresta e da horta medicinal, acontecerão em agosto e serão abertas à participação da comunidade.
Serviço
Lançamento do projeto Agrofloresta e Horta Medicinal
Data:Terça-feira, 22 de julho
Local: Parque Cultural Casa do Governador – Vila Velha
Palestras:
14h30: “Florestas de Comida”, com Bárbara Tupinikim
15h30: “Sistemas Agroflorestais na Agroecologia”, com Tessa Chimalli
Ingressos gratuitos: Clique aqui para se inscrever