A pesquisa Panorama da Primeira Infância mostrou que 29 % das pessoas que cuidam de crianças com até seis anos admitem aplicar palmadas, beliscões ou apertos como forma de disciplina. Do total, 13 % reconhecem que recorrem a esses métodos de forma frequente apesar da proibição legal.
O estudo também revela que 17 % desses cuidadores consideram a punição física eficaz para educar, enquanto outros 12 % admitem usá-la mesmo sabendo que não é efetiva.
O levantamento foi feito com 2.206 pessoas em todo o Brasil, sendo 822 responsáveis por crianças de até seis anos, e foi lançado no início de agosto como parte do Agosto Verde, campanha sobre a importância da primeira infância.
A mesma pesquisa aponta que ensinar respeito aos mais velhos é valorizado por 96 % dos entrevistados, superando práticas comprovadamente eficazes como conversar com a criança, levá-la à creche ou permitir que ela brinque livremente.
Outra constatação é que as crianças passam em média duas horas por dia em frente a telas como televisão, celulares ou tablets. A Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda que até os dois anos não haja exposição, e depois disso o tempo seja limitado a uma hora diária com supervisão.
Especialistas ressaltam que o Estado tem responsabilidade legal de garantir creches e pré-escolas para crianças de até cinco anos, e que esse dever constitucional deve ser cobrado pela sociedade.
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
 
	    	 
		    






