Nesta quarta-feira (13/08), a defesa de Jair Bolsonaro apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) suas alegações finais no processo conhecido como “trama golpista”. No documento, os advogados pedem a absolvição do ex-presidente, argumentando que não existem provas que o liguem ao suposto plano “Punhal Verde e Amarelo”, aos chamados “Kids Pretos” ou às ações de 8 de janeiro.
A defesa destaca que o processo é “histórico e inusitado” e critica o que define como um julgamento antecipado imposto pela imprensa: “Os réus são tratados como golpistas, como culpados, muito antes de a defesa ser apresentada”.
Também é contestada a delação premiada de Mauro Cid, citada como “manipulada desde o primeiro depoimento” e considerada “inaproveitável” pela defesa, que sustenta que Cid se protegeu usando o nome de Bolsonaro.
Após essa fase, caberá ao ministro Alexandre de Moraes liberar o caso para julgamento, com a definição de data a cargo do presidente da Primeira Turma do STF, ministro Cristiano Zanin. O julgamento deve ocorrer em setembro, com participação dos ministros Moraes, Zanin, Flávio Dino, Cármen Lúcia e Luiz Fux. Os réus respondem por crimes graves como tentativa de golpe de Estado, organização criminosa armada e grave dano ao patrimônio público. Em caso de condenação, as penas podem ultrapassar 30 anos de prisão.
Foto: Lula Marques/ Agência Brasil
 
	    	 
		    






