Doença caracterizada pelo acúmulo anormal de gordura, geralmente nas pernas e braços, o lipedema geralmente também vem acompanhado de dores e inchaço nos membros afetados.
Por se tratar de uma patologia crônica e progressiva, essa condição, se não tratada devidamente, pode avançar para estágios mais graves. E uma das consequências mais problemáticas é o aumento do acúmulo de gordura, que pode avançar a ponto de comprometer a mobilidade da paciente.
“O aumento das dores e inchaços causados pelo tecido adiposo podem afetar seriamente a mobilidade. Atividades simples como caminhar ou subir escadas vão se tornando cada vez mais complexos, a pontos se se tornarem até incapacitantes”, explicou a médica cirurgiã plástica Patricia Lyra, referência em tratamento do lipedema.
Além do aumento de gordura visivelmente percebida nas partes afetadas, outras manifestações sinalizam o agravamento da doença. Um deles é o aumento da dor nos membros.
“Geralmente, as partes atingidas pelo lipedema ficam doloridas e sensíveis ao toque, e isso pode se intensificar quando não há um tratamento adequado. A fadiga excessiva e frequente é outro sintoma que vai se agravando conforme a doença avança”, esclareceu a médica.
A sensação de peso e os inchaços constantes também são sinais de alerta, segundo Patricia.
“Principalmente quando o inchaço não ameniza após o descanso e se torna mais frequente, pode ser que a doença esteja piorando. Esse sintoma geralmente vem acompanhado de uma sensação de peso, principalmente se a doença se manifesta da cintura para baixo”, informou a cirurgiã.
A dificuldade de locomoção é um dos efeitos mais graves da progressão do lipedema, segundo a médica.
“A limitação dos movimentos impede que a paciente faça exercícios regulares, contribuindo para o ganho de peso e o acúmulo de mais gordura, o que torna o quadro ainda mais grave”, alertou.

ESTÁGIOS
O lipedema é dividido em quatro estágios, que vão se agravando conforme a progressão da doença. O estágio 1 é o mais leve, enquanto o quatro é a forma mais grave da doença.
O tratamento da patologia requer uma atuação multidisciplinar com acompanhamento nutricional, fisioterapia, atividade física adequada específica para tratar o problema, além de acompanhamento com endocrinologista e angiologista.
Em alguns casos, é necessária intervenção cirúrgica, mas mesmo quando isso acontece, o tratamento conservador deve ser mantido por toda a vida da paciente.
Saiba mais
Confira os principais sinais de piora do lipedema:
* Aumento visível do acúmulo de gordura nos membros afetados (quadril, coxa e perna ou braço e antebraço);
* Dor nas partes afetadas, incluindo sensibilidade ao toque;
* Aumento de hematomas (surgimento de roxos sem explicação) pelo corpo;
* Cansaço e fadiga progressivos e frequentes;
* Dificuldade de locomoção;
* Inchaço frequente nas pernas, mesmo após repouso.
 
	    	 
		    






