Em contundente pronunciamento da tribuna da Assembleia Legislativa nesta terça-feira (26), o deputado estadual Mazinho dos Anjos (PSDB) saiu em defesa da ação da Prefeitura de Vitória para retirada de quiosques considerados irregulares na Vila Rubim, na capital, e disse que os comerciantes, “legalmente estabelecidos, estão muito satisfeitos, mas têm medo de se manifestar por causa dos traficantes de drogas que usavam o local”.
“Aqueles quiosques eram usados, em sua maioria, para tráfico de drogas. Eu mesmo já passei lá e vi isso acontecer. Era um ambiente social totalmente deteriorado, com banheiros destruídos e abandonados, que serviam de base para venda de drogas. Vi um monte de gente criticar, políticos querendo tirar proveito, mas não consideraram a opinião das pessoas de bem. Aquilo ali em volta virou a cracolândia de Vitória e isso vai acabar”, disse Mazinho.
Para o deputado, a intervenção do município foi importante para retomar a praça para os cidadãos da capital e transformar em ponto turístico.
“O Mercado da Vila Rubim precisa ser revitalizado para que os cidadãos possam usá-lo e os turistas possam frequentá-los, comprar produtos típicos capixabas. É preciso que as intervenções continuem para transformar o mercado num local digno.”
Reforma
Mazinho lembrou que “o mercado de peixe da Vila Rubim” somente foi reformado porque ele, quando vereador, fez denúncia junto à Defesa Civil, que “fez uma vistoria e o laudo indicava que o mercado ameaçava cair e matar as pessoas”.
“Então, ingressamos no Ministério Público e a atual gestão fez a reforma da peixaria. A Vila Rubim precisa de carinho, de investimentos, os comerciantes estão agonizando, nenhuma voz se levantou para defender a ação do prefeito”, completou.
O parlamentar votou a bater duro:
“Com a intervenção da Prefeitura, alguns políticos foram lá defender traficantes, dizer que tinha vários comerciantes nos quiosques, mas ninguém gerava emprego, pagava impostos. Meu avô teve loja na Vila Rubim a vida inteira, foram 70 anos, mas não aguentou e fechou. Tinha 35 funcionários. Pagou imposto, gerou emprego a vida inteira, mas devido à deterioração social do ambiente, acabou fechando, e ninguém apareceu para fazer nada.”
Num complemento à fala de Mazinho dos Anjos, o deputado Delegado Danilo Bahiense, que presidia a sessão, elogiou o pronunciamento e complementou:
“Não é somente drogas, ali se vende de tudo que é ilícito. Tinha um comércio ativo de objetos e de cheques roubados.”
