O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, anunciou nesta sexta-feira (26) que vai se reunir com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no próximo domingo (28), para discutir o fim da guerra na Ucrânia. Segundo o ucraniano, ele fará uma videoconferência com seus aliados da União Europeia antes do encontro com o estadunidense, na Flórida.
“Estamos voando agora para a Flórida, nos Estados Unidos. No caminho, faremos uma escala no Canadá. Vou me encontrar com o primeiro-ministro canadense, Mark Carney. Juntos, planejamos conversar por videoconferência com os líderes europeus’, disse Zelensky a jornalistas.
A conversa na Flórida foca em um documento de 20 pontos, elaborado para interromper os combates que completam quatro anos em fevereiro. Por sua vez, o presidente dos Estados Unidos disse nesta sexta que Zelensky “não tem nada” até que ele aprove.
Um dos temas centrais é a possibilidade de criar faixas desmilitarizadas, embora Washington pressione pela cessão de 20% da área controlada por ucranianos em Donetsk.
Ataques da Rússia a Kiev
Na véspera do encontro entre os presidentes dos Estados Unidos e Ucrânia, as forças russas lançaram 40 mísseis e cerca de 500 drones contra a capital ucraniana, segundo a agência de notícia AFP. Segundo as autoridades ucranianas, os ataques causaram a morte de uma pessoa e ferimentos em 11 cidadãos.
O Exército da Rússia afirmou que bombardeou instalações militares e infraestruturas energéticas “usadas em benefício das Forças Armadas da Ucrânia”.
O plano de Trump para a “paz”
O governo dos Estados Unidos apresentou uma nova sugestão com 20 pontos para interromper o conflito nas fronteiras atuais. Essa proposta permitiria que a Ucrânia retirasse seus soldados da região leste para a criação de uma zona desmilitarizada. Existe um impasse sobre o Donbass, pois Washington deseja que a Ucrânia saia de 20% do território de Donetsk que ainda controla.
Outra parte do projeto envolve uma administração dividida entre Estados Unidos, Ucrânia e Rússia da usina de Zaporizhzhia. Sobre a entrega de terras, o presidente Zelensky defendeu que a população seja consultada.
Ainda há impasse sobre a possibilidade de ingresso da Ucrânia à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), rejeitada pela Rússia. É possível que o acordo simplesmente omita qualquer compromisso nesse sentido.





