Projetado para ser construído no distrito de Alto Caxixe, em Venda Nova do Imigrante, o Aeroporto Regional das Montanhas Capixabas deve funcionar durante 24 horas e vai estar apto para receber voos de pequeno e médio porte quando estiver em operação. Segundo o projeto, aviões do modelo ATR-42, com capacidade para até 50 passageiros, vão poder pousar no novo aeroporto capixaba.
A estrutura, que tem projeção para construção às margens da ES 447 e a poucos quilômetros da BR 262, é voltada para avanço do turismo e da economia na região. A estimativa é do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN) e da Secretaria de Mobilidade e Infraestrutura do Espírito Santo (Semobi), pasta que apresentou o projeto na última semana.
Apesar de ainda estar em fase de estudos técnicos e finalização do projeto, o aeroporto, segundo os órgãos estaduais, está localizado em uma área estratégica para a logística capixaba.
“Esse aeroporto faz parte dos Planos de Desenvolvimento Regional Sustentável (DRS), com estudos que dão embasamento para demandas de modernização e expansão do Espírito Santo. Quando concluído, ele vai se juntar ao Aeroporto Regional de Linhares, na Região Norte, e ao de Cachoeiro de Itapemirim, na Região Sul, que está em construção”, disse Pablo Lira, diretor presidente do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN).
No caso de Linhares, segundo Lira, o aeroporto tem sido fundamental para a atração de investimentos nos setores de indústria, da construção civil, da agricultura e da pecuária. Em relação a Cachoeiro, a projeção com as obras de ampliação é o avanço nos setores de saúde, de educação e das rochas ornamentais.
“Do mesmo modo, nas montanhas, a região pode ser beneficiada pelo potencial turístico. Além disso, outros setores podem ser beneficiados com o terminal, já que empresários vão contar com um meio mais rápido para chegar até aquela área, que também vai estar valorizada com os esforços para a duplicação da BR 262”, complementou Pablo.
Segundo a projeção feita pela Semobi, a construção do aeroporto faz parte de uma demanda por conectividade aérea, especialmente entre o litoral e o interior. A localização, no distrito de Alto Caxixe, foi escolhida pelas condições topográficas e meteorológicas, com a ausência de obstáculos críticos para os voos.
“O projeto está praticamente concluído e estamos em fase de conversas com o empresariado local para entendermos a necessidade de desapropriações na região. Vale salientar que as áreas que serão desapropriadas são de plantação. O ponto para construção é um espaço que se adequou às normas de segurança, com as exigências da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac)”, disse Fábio Damasceno, secretário responsável pela Semobi.