Abel no Fla não foi a primeira opção do clube, que sonhava com Renato Gaúcho. Mas o técnico também não foi “empurrado” goela abaixo por ninguém para estar no clube. Recusou proposta do Santos para assumir o time rubro-negro pela segunda vez na carreira, 15 anos depois.

E em cinco meses de trabalho, a frieza dos números mostra que deu certo. São 29 jogos oficias na temporada, com 68,9% de aproveitamento. Números traduzidos no título carioca indiscutível, classificação para as oitavas de final da Libertadores, time a um empate das quartas de final da Copa do Brasil e, desde domingo, no G-6 do Brasileirão.
Só que futebol não é só estatística. É paixão. E, aí, o casamento entre Abel e Flamengo não deu certo. As vaias na derrota para o Atlético/MG, com um jogador a mais, e as vaias na vitória de virada sobre o Athletico/PR, nos acréscimos, praticamente fecham o ciclo. Ou deveriam fechar.
A relação não é saudável hoje para o clube, a torcida, o time e, é claro, o próprio Abel. A expressão do treinador ao fim do jogo contra o Athletico/PR foi preocupante. Desgaste total. E vale lembrar que ele já passou mal este ano por estresse na beira do campo…
Tem culpa
Abel tem culpa na impaciência da torcida. Após cinco meses de trabalho, o Flamengo não tem padrão de jogo. Avança e vence na individualidade dos jogadores de frente. Continua fazendo uma pressão “mentirosa”, aquela na qual despeja um caminhão de bolas cruzadas na área adversária. Às vezes, dá certo.
E mesmo que Arrascaeta tenha sido supervalorizado ao ser contratado como o mais caro da história do clube, não pode ser banco. Um problema que Abel não conseguiu resolver.
Quem?

A impressão que se tem é que Abel Braga só continua porque o Flamengo não tem um nome para substituí-lo. Talvez, esteja torcendo para a má fase do Grêmio continuar e, assim, voltar ao namoro com Renato Gaúcho.
 
	    	 
		    






