Nada contra Jorge Jesus, mas, com o perdão do trocadilho, o Flamengo espera que o português faça milagre? Caso acerte, o treinador europeu vai assumir o time rubro-negro no meio da temporada, às vésperas de um mata-mata de Libertadores e, não se sabe, classificado ou não para as quartas de final da Copa do Brasil. Imaginem se o Fla é eliminado pelo Corinthians no jogo de volta da Copa do Brasil, no Maracanã?
A saída de Abel era certa. Agora ou daqui a dois ou três jogos. Olhando para o que o mercado oferece, quem seria o nome para o clube? E aí deixo uma sugestão: por que não ir com tudo atrás de Rogério Ceni?
O “Mito” do São Paulo faz ótimo trabalho no Fortaleza. E não deixou o clube cearense ao ser convidado pelo Atlético/MG porque ainda se sentia no meio de um trabalho. Mas, agora, Ceni tem um álibi perfeito para dar por encerrado o seu ciclo no Fortaleza. O técnico acaba de levar o time ao título da Copa do Nordeste! Incrível, mas Rogério Ceni já é o maior técnico da história do clube nordestino, com os inéditos títulos da Segundona do Brasileiro de 2018 e da atual Copa do Nordeste, além do Campeonato Cearense deste ano.
Já pode sair por cima, sem ser chamado de “mercenário”, “injusto” e outras coisa mais.
O Flamengo precisa de um treinador de personalidade. A torcida está impaciente há tempos e, assim, não é qualquer um que vai segurar o rojão. E pelo menos numa coisa Ceni já mostrou que é bom: não treme.
Acredito que seria uma combinação curiosa, com grande chance de acerto. O Fla ganharia um técnico e o Rogério Ceni ganharia a chance de mostrar que (já) está entre os principais treinadores do País.
Ai, Jesus!
Jorge Jesus, 64 anos, apareceu no noticiário brasileiro quando o Vasco tentou a sua contratação, em abril deste ano. Depois, foi alvo do interesse do Atlético/MG e chegou a assistir a jogos do Galo. Agora, aparece como provável novo treinador do Flamengo.
No currículo, os três títulos do Campeonato Português pelo Benfica são o maior destaque. Mas, vamos combinar, raro é algum treinador não ganhar título português pelo Benfica (ou pelo Porto).
As informações dão conta de que é um treinador que coloca seus times no ataque, com marcação alta e intensidade. Na teoria, parece ótimo. Falta ver na prática na realidade do futebol brasileiro, de poucos treinos e muitos jogos e viagens.
