Teremos Brasil x Argentina na semifinal da Copa América! E eu digo: que ótimo! Precisávamos desse clássico! A Seleção Brasileira, que eliminou o Paraguai graças a Alisson e Gabriel Jesus nos pênaltis, tem nas mãos a chance (mais uma) de entrar em sintonia com o torcedor, de provar que ainda é legal torcer pelo time canarinho, cada vez mais distante do seu povo.

Fosse a semifinal contra a Venezuela, o apelo não existiria. No lugar dele, haveria de novo a obrigação de vencer bem e avançar à final. E, não duvido, haveria novas vaias para mais um placar decepcionante. Porque tem sido assim na imensa maioria dos jogos da Seleção no período pós-Copa.
Contra a Argentina, a obrigação não existe. Mas existe o “algo a mais” que tira os jogadores da zona de conforto. E pode ser isso que anda faltando ao Brasil de Tite.
Cebolinha. E só
A única zona de conforto saudável até agora para a Seleção na Copa América é Everton na ponta esquerda. O Cebolinha é o responsável pelo improviso, pelo drible, por desmontar o gesso do time. Ganhou a posição e o carinho da torcida.
Mas é pouco. O restante tem sido mais do mesmo. Willian até entrou bem contra o Paraguai, mas é aquilo ali e pronto. Philippe Coutinho prefere não ser o protagonista do time. O Brasil tem posse de bola e troca de passes, mas não tem criação. Finaliza muitas vezes, mas leva pouco perigo real.
Problemão

O principal armador da Seleção Brasileira, ou construtor na linguagem dos “doutores”, é o Daniel Alves. Que não é lateral há muito tempo. Fecha sempre pelo meio, mas não tem cacoete de camisa 10 – nem mesmo de camisa 8.
A lateral direita, por sinal, é um problemão. Se Daniel Alves, veterano e já sem guardar posição, ainda é o melhor da posição, o que teremos à disposição na Copa de 2022? Quem são as opções mais jovens?
Para o outro lado, a renovação parece mais clara. Não falo de Alex Sandro, que faz o básico sempre que tem chance. Mas Jorge, do Santos, e Renan Lodi, do Athletico/PR, já poderiam aparecer nas convocações.
 
	    	 
		    






