Com a chegada das temperaturas mais baixas, clínicas veterinárias registram aumento significativo nos atendimentos de cães e gatos com sintomas respiratórios, dores articulares e problemas de pele. De acordo com a médica veterinária Thaiz de Deco Souza, coordenadora e professora do curso de Medicina Veterinária da FAESA, os animais de estimação também sentem frio e precisam de cuidados especiais. “Mesmo animais com pelos longos são afetados pelas baixas temperaturas. Eles demonstram frio com sinais claros, como tremores, patas e orelhas geladas, e procuram lugares quentinhos para se esconder. Em alguns casos, até se recusam a sair da caminha”, explica.
Entre os problemas mais comuns enfrentados pelos pets no inverno estão a traqueobronquite — conhecida como tosse dos canis —, pneumonia, rinotraqueíte felina, infecções oculares, auditivas e dermatológicas, além do agravamento de dores articulares em animais idosos. Os sintomas que devem acender o sinal de alerta nos tutores incluem tosse, espirros, olhos lacrimejando, coriza, febre, falta de apetite e apatia. “Ao perceber sinais de desconforto ou sintomas respiratórios, o tutor deve buscar orientação veterinária. O frio não é inofensivo para os animais e, com cuidados simples, podemos garantir que eles passem o inverno com saúde e bem-estar”, orienta a veterinária.

Para garantir o conforto dos animais de estimação durante o inverno, Thaiz recomenda manter as camas em locais secos e protegidos do vento, utilizar roupinhas adequadas em cães de pelo curto, filhotes e idosos, evitar banhos muito frequentes e usar sempre água morna. As tosas devem ser apenas higiênicas e a vacinação precisa estar em dia, especialmente contra a gripe canina. Além disso, é importante evitar passeios em horários mais frios e garantir que o animal esteja bem alimentado e hidratado. “A boa alimentação ajuda na regulação da temperatura corporal”, finaliza a médica veterinária.







