Um em cada três municípios capixabas não registraram homicídios nos 140 primeiros dias de 2025, de acordo com dados do Observatório de Segurança Pública do Espírito Santo, considerados até esta terça-feira (20). São 25 municípios nesta condição.
Esta é apenas uma das informações que o deputado Mazinho dos Anjos (PSDB) trouxe a público em seu discurso da tribuna da Assembleia Legislativa, salientando a redução de 20% no número de homicídios no período no Estado, em comparação com 2024.
O deputado repercutiu, ainda, outras informações relevantes, como o fato de 48 municípios do Estado estarem há mais de 60 dias sem o registro de homicídios, dentre eles a capital Vitória, com a marca histórica, já, de 64 dias sem crimes desta natureza.
Outras informações relevantes apresentadas por Mazinho dos Anjos: outros oito municípios estão entre 30 e 58 dias sem registros de mortes violentas. Há, ainda, 21 cidades que estão entre 60 a 180 dias sem homicídios.
Sete municípios não registram homicídios há mais de um ano (373 a 560 dias), dois estão há mais de dois anos sem registros, além de outros dois que estão há mais de três anos sem mortes violentas: Dores do Rio Preto (1.101 dias) e Muqui (1.406 dias), ambos no Sul do Estado.
Estão há mais de dois anos sem homicídios Iconha e Santa Leopoldina e, há mais de um ano, Alfredo Chaves, Alto Rio Novo, Jerônimo Monteiro, Laranja da Terra, Marilândia, Rio Novo do Sul e Vila Pavão.
“Isso é resultado do Programa Estado Presente, coordenado pelo secretário Álvaro Duboc. Implantado em 2011, o programa começou a reduzir os crimes e foi interrompido por quatro anos, sendo retomado com muito mais efetividade pelo governador Casagrande em 2019.
Nesses seis anos, a cada ano os homicídios foram caindo. De 2018 para 2024, a queda nos homicídios no Estado foi de -25,7%”, disse Mazinho.
Em 2018, foram 1.147 crimes violentos contra a vida, enquanto em 2024 esse número caiu para 853, uma redução de 295 crimes. Nos 140 primeiros dias de 2025, foram 297 homicídios, projetando 774 para o ano, o que elevaria a redução desde 2018 para -32,5%.
O deputado atribui tais índices ao trabalho da Secretaria de Segurança, das polícias e da inteligência. “Esses homens e mulheres que fazem a segurança do estado merecem aplauso de nossa população, dessa Assembleia Legislativa, porque são eles que estão colocando esses índices lá em cima.
Um trabalho que vem sendo feito há 20 anos, quando esse estado começou a ser reconstruído por todos nós”, acentuou.
Mazinho lembrou que quando era presidente do diretório de estudantes, quando fazia direito, em sala de aula recebeu a notícia de que seu professor de direito penal havia sido assassinado.
Estava falando do juiz de direito Alexandre Martins de Castro Filho, morto pelo crime organizado, em março de 2003.
“Era isso que a gente vivia naquela época. Hoje, a gente vive num estado equilibrado, organizado, em que as instituições dialogam para o bem da população”, pontuou.
