Após quatro anos e meio, Alison e Bruno Schmidt não jogam mais juntos. Passei as últimas 24 horas pensando em qual lugar a dupla vai ser lembrada na história do vôlei de praia. Campeões da Copa do Mundo (2015) e da Olimpíada do Rio (2016), ganharam ainda uma penca de torneios importantes e marcaram época, com certeza.
Anjinho e Loiola, na década de 90, foram a primeira dupla a me encantar. Meio rebeldes, dois craques, peitaram os americanos (então os bambambãs da modalidade) e também a CBV pelo direito de jogar na AVP, a liga profissional dos EUA. Por isso, ficaram fora da Olimpíada de Atlanta/1996.
De 98 a 2000, foi um espetáculo ver Loiola e Emanuel juntos. O mesmo Emanuel que, com Ricardo, formou o time que chegou mais próximo do conjunto perfeito: reuniu qualidade, resultados e carisma.
Alison e Emanuel também formaram uma grande dupla, campeã mundial (2011) e vice-campeã olímpica (2012).

Estariam Alison e Bruno Schmidt na mesma prateleira das citadas anteriormente? Creio que sim. Mas resolvi perguntar ao cara que trabalhou diariamente com eles: o técnico Leandro Brachola, melhor técnico do País em 2015 eleito pelo COB e campeão olímpico em 2016. Nesta entrevista exclusiva, ele fala sobre os campeões olímpicos e também sobre a expectativa para começar a trabalhar com Alison e André Stein. Aproveitem!
Papo do Dias – A dupla Alison e André já nasce grande e favorita a uma vaga na Olimpíada de Tóquio/2020?
Leandro Brachola – É o objetivo que gente coloca. Estamos na briga, com certeza. Mas temos outros times fortes e vamos trabalhar para isso.
A formação dessa nova dupla deve mexer com outros times. Você vê mais três ou quatro duplas tão fortes como Alison e André?
De verdade, acho que todos os outros times que jogam o Circuito Mundial têm potencial. Já venceram torneios, já lideraram ranking… Álvaro e Saymon, por exemplo, qualquer dupla que tiver o Bruno (Schmidt) vai ser um timaço, qualquer dupla com o Evandro também.
Como lidar com a expectativa em torno da nova dupla?
A gente trabalha pensando no objetivo. É traçar o objetivo e depois ir atrás dele. Resultados e vitórias são consequências desse trabalho. Agora, aonde o time vai chegar? Depois a gente vai ver. Mas vamos trabalhar para atingir nossos objetivos.
O time Alison e Bruno merece ser lembrado em qual patamar do vôlei de praia?
Lá em cima. Junto com os melhores, sem dúvidas. Pelos resultados que alcançaram, a maneira de jogar, a capacidade da dupla. São referências. Em qualquer lista que se faça do vôlei de praia, estão no pico!








