E não é que, surpreendentemente, a CBF deve anunciar Fernando Diniz como técnico interino da Seleção Brasileira? Não bastasse a camisa mais importante do futebol mundial ter um comandante interino, a escolha também passa longe de ter uma lógica. É a Seleção Brasileira sem caminho, sem direção.
Nem vou entrar na discussão sobre currículo do treinador. Até porque Dunga já foi técnico da Seleção — inclusive numa Copa — sem antes ter sido treinador de time algum! Falcão, em 1990, idem (sem ter ido à Copa seguinte, é bom ressaltar).
Fernando Diniz não tem títulos de expressão no currículo. Sua taça mais importante foi a do Carioca deste ano pelo Fluminense. Mas tem tudo para crescer na profissão e se colocar entre os grandes. Ainda não é.

Seu estilo de jogo levanta discussões até mesmo entre os torcedores do Fluminense. A fase atual, por exemplo, é péssima e a torcida já não compra tanto a briga do toque de bola excessivo na defesa, usado para atrair os adversários e abrir espaços desde o início da construção das jogadas.
Mas também não é sobre isso a minha crítica.
Por que diabos, então, tô reclamando da escolha da CBF? Porque não tem nada a ver o estilo de trabalho do Fernando Diniz com o estilo do italiano Carlo Ancelotti, o treinador do Real Madrid que a CBF quer esperar por até 1 ano para assumir a Seleção.
Não faz o menor sentido ter um interino com características tão diferentes assim! Ancelotti é um estudioso do futebol, vencedor ao extremo, um dos melhores do mercado. Mas o futebol que seus times jogam em nada lembra o futebol dos times do Diniz. E aí, como fica a transição?
Pra mim, parece perda de tempo passar os próximos meses treinando (pouco) e jogando (pouco) com uma filosofia pra, depois, mudar tudo de novo…
Curiosidade
De qualquer forma, é a GRANDE chance de Fernando Diniz provar que suas ideias merecem mais respaldo. Ele terá a opção de escolher jogadores, alguns dos melhores do mundo, pra jogar dentro daquilo que ele entende ser a melhor maneira de buscar as vitórias.
Que vai gerar curiosidade, isso vai!
Dificuldade
Pra fazer seus times jogarem à sua maneira, com toque de bola desde o goleiro, às vezes até com a bola passando em frente ao gol e saindo pelo meio da área — a primeira lição nas escolinhas de futebol é pra não cruzar a bola dentro da própria área! Os professores devem estar malucos hoje em dia! —, Diniz precisa de MUITOS treinos e de MUITA repetição.
Não é isso que ele vai encontrar na Seleção. Ele convoca, os jogadores se apresentam a 3, 4 dias dos jogos, e vão embora no dia seguinte aos jogos. Essa será a maior dificuldade do técnico.
E você, gostou da escolha da CBF? Comenta aqui.
 
	    	 
		    






