A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou uma denúncia ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra o deputado federal Abilio Brunini (PL-MT) por injúria à deputada federal Erika Hilton (PSOL-RJ). O caso, que gerou grande repercussão, está centrado em alegações de homofobia durante uma sessão da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Golpistas, ocorrida em julho do ano passado.
Denúncia e Acusações de Homofobia
A denúncia foi protocolada no STF no dia 10 de dezembro e será relatada pela ministra Cármen Lúcia, que já agendou uma audiência preliminar para discutir o assunto. O início do processo se deu após o senador Rogério Carvalho (PT-SE) afirmar que Brunini fez comentários transfóbicos contra Erika Hilton, uma mulher trans, ao insinuar que ela estaria oferecendo serviços durante sua manifestação. Segundo Carvalho, a fala foi claramente uma manifestação de homofobia e desrespeito.
Repercussão e Próximos Passos
Após o incidente, a Procuradoria da República no Distrito Federal decidiu enviar uma representação contra Abilio Brunini à PGR, que possui competência para atuar em casos que tramitam no Supremo. A denúncia gerou um intenso debate na mídia e nas redes sociais sobre a importância de respeitar todas as formas de identidade de gênero e orientação sexual no âmbito político.
O gabinete de Abilio Brunini foi contatado pela Agência Brasil, que aguarda um retorno formal. É importante destacar que, na ocasião, o deputado negou as acusações, afirmando nunca ter proferido falas homofóbicas contra Erika Hilton. O desfecho deste caso pode ter implicações significativas nas discussões sobre direitos LGBTQIA+ e a responsabilidade dos representantes eleitos em suas condutas.







