O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quarta-feira (17) que a escolta do ex-presidente Jair Bolsonaro seja realizada exclusivamente pela Polícia Federal ou pela Polícia Penal do Distrito Federal, excluindo a participação de agentes do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) nos deslocamentos do ex-presidente.
A decisão foi tomada após Moraes solicitar esclarecimentos à Polícia Penal sobre a escolta que levou Bolsonaro a um procedimento médico em um hospital de Brasília no último domingo (14). Embora autorizado a sair de sua residência para o atendimento, Bolsonaro permaneceu por um período considerável em frente ao hospital, onde concedeu uma entrevista coletiva com seu médico, o que gerou aglomeração de apoiadores e críticas quanto à segurança do evento.
Em sua decisão, Moraes afirmou que a medida visa padronizar os procedimentos de segurança e evitar situações semelhantes às ocorridas no domingo, como desembarque em local inadequado e exposição pública do custodiado. O ministro ressaltou que a participação do GSI deve se restringir à segurança dos familiares de Bolsonaro.
Desde o dia 4 de agosto, Bolsonaro cumpre prisão domiciliar por determinação de Moraes, no âmbito de investigações relacionadas a supostas ações para retaliação contra o governo brasileiro e ministros do STF.
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil



