Milhares de prisioneiros na Síria foram libertados após os rebeldes terem conquistado várias cidades, incluindo a capital, Damasco. Esse avanço forçou o presidente Bashar al-Assad a deixar o país. Durante os 14 anos de guerra civil, as principais prisões sírias acumulam mais de 100 mil detidos, com relatos de pessoas mantidas em celas subterrâneas, incluindo mulheres e crianças.
Libertação em massa
Imagens nas redes sociais mostram homens saindo correndo das prisões, confusos e gritando “Deus é grande”. Muitos deles foram recebidos com lágrimas por familiares que temiam pela vida deles. Alguns estavam detidos há tanto tempo que não sabiam sobre a sucessão de Assad após a morte de seu pai, Hafez, em 2000.
Os rebeldes não apenas abriram as celas dos homens, como também libertaram dezenas de mulheres e pelo menos uma criança, tranquilizando-as com palavras como “Assad caiu. Não temam”.
Investigação das celas
A famosa prisão Saydnaya, conhecida por seu histórico de abusos e pela construção de um crematório revelado por imagens de satélite, também foi alvo do ataque rebelde. A organização defensora dos direitos humanos, Capacetes Brancos, anunciou que investiga relatos de sobreviventes sobre prisioneiros ainda detidos em celas escondidas.
Cinco equipes de emergência, compostas por especialistas em resgate e arrombamento, foram enviadas à prisão para investigar as condições e possíveis locais de detenção clandestina.
Por outro lado, autoridades em Damasco relataram que continuam a liberar prisioneiros, incluindo aqueles que estavam em situação crítica devido à falta de ventilação nas celas.
Avanço dos rebeldes
O avanço das forças rebeldes se intensificou com a captura de Damasco, levando à declaração do fim da tirania de Assad. A coalizão rebelde proclamou a cidade como “livre”, destacando o término de um período de opressão sob o regime do partido Baas.
Após um mês de ofensivas, várias cidades foram tomadas com resistência mínima do Exército sírio. Embora o Irã e a Rússia tenham expressado descontentamento com os recentes eventos, muitos países ocidentais reagiram com satisfação, embora cautelosos sobre o futuro político da Síria.
A revolta dos rebeldes e a exibição de abuso do regime incentivam discussões sobre os direitos humanos no país, refletindo a urgência de um comando e controle eficaz para lidar com a situação pós-conflito.







